RELAÇÃO ENTRE O CONSUMO DE ULTRAPROCESSADOS E O RISCO CARDIOVASCULAR EM FUNCIONÁRIOS DE UM HOSPITAL REFERÊNCIA EM CARDIOLOGIA NO RIO DE JANEIRO
Cardiologia
Consumo alimentar
Risco cardiovascular
Consumo de alimentos
Alimentos processados
Risco cardiovascular
Nutrition
Cardiology
Food consumption
Cardiovascular risk
Mello, Juliana Vieira de Castro | Posted on:
2019
Abstract
Introdução: Com a industrialização, os hábitos alimentares têm sido alterados devido à
disponibilidade de alimentos com uma maior facilidade de consumo. Tais alimentos, chamados
de ultraprocessados são mais calóricos, possuem adição de sal açúcar, gordura e aditivos
químicos. Estudos comprovam que esses alimentos levam ao desenvolvimento de doenças
crônicas não transmissíveis, aumentando o risco de casos de hipertensão arterial e outras
complicações cardiovasculares. Métodos: Foi realizado um estudo transversal. A coleta de
dados foi realizada em dois dias: primeiro dia de coleta (D1) foram coletados os dados gerais
de saúde e consumo alimentar por meio do recordatório alimentar 24h; segundo dia de coleta
(D2), foi realizada a coleta de sangue em jejum de 12h para avaliação bioquímica e
antropométrica. Resultados: Foram investigados 77 indivíduos, idade 45,7 ± 11,2 anos, 59,7%
era do sexo feminino, 26,0% hipertensos e 6,5% diabéticos. O consumo alimentar apresentou
média de consumo energético 1646,42 Kcal, e alto consumo de ultraprocessados,
representando 55,1% do VET de homens e 45,9% do VET de mulheres. A maior parte do grupo
estudado apresentou sobrepeso ou obesidade (72,73%). Pode-se observar que o padrão de
consumo dos grupos alimentares foi semelhante entre as categorias de IMC. A classificação do
perímetro da cintura mostrou que 45,65% das mulheres apresentaram risco muito aumentado
para desenvolvimentos de alterações metabólicas, assim como 32,26% dos homens. O alto
risco cardiovascular esteve presente em 13,0% dos participantes do estudo, e 23,4%
apresentaram risco intermediário. Podemos observar que não houve relação significativa entre
os dados antropométricos: perímetro de cintura, perímetro de pescoço e perímetro de quadril e
o risco cardiovascular determinado pelo escore de risco global. O consumo alimentar segundo
o grau de processamento de alimentos também não apresentou diferença significativa entre os
grupos de risco. Conclusão: Pode-se concluir que não houve relação significativa do consumo
de ultraprocessados com o risco cardiovascular aumentado de acordo com o Escore de Risco
Global. Observamos que mais da metade do VET da população estudada era composto de
alimentos processador e ultraprocessados. As medidas antropométricas observadas
encontravam-se elevadas no grupo estudado e os parâmetros bioquímicos, com exceção do
LDL-c, mostraram-se adequados.
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Document type
Trabalho de conclusão de cursoSubject(s)
NutriçãoCardiologia
Consumo alimentar
Risco cardiovascular
Consumo de alimentos
Alimentos processados
Risco cardiovascular
Nutrition
Cardiology
Food consumption
Cardiovascular risk