EFEITO DA SEMENTE DE LINHAÇA (LINUM USITATISSIMUM) NO DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO DE RATOS WISTAR
Cérebro
Nervo óptico
Retina
Linhaça
Ômega-3
Ratos
Ácido graxo essencial
Cérebro
Nervo óptico
Retina
Linho (Planta)
Rato de laboratório
Ácido graxo ômega-3
Essential fatty acids
Brain
Optic nerve
Retina
Flaxseed
Ômega-3
Rat
Almeida, Kátia Calvi Lenzi | Posted on:
2011
Abstract
Introdução: Durante o pico de crescimento do cérebro e o início da mielinização, há um rápido acúmulo de ácidos graxos saturados e insaturados de cadeia longa. O acréscimo de ácidos graxos (AG) no cérebro em desenvolvimento tem como fonte, em parte, os AG captados da circulação placentária (durante a gestação) e os fornecidos pelo leite materno. Desta forma, uma apropriada oferta no período pré e pós-natal destes AG é essencial para o desenvolvimento fetal e neonatal normal,
assim como, desenvolvimento e função neurológica, e acuidade visual normal. As bainhas de mielina são altamente enriquecidas com o ácido docosaexaenóico (DHA). Uma ótima fonte de DHA, proveniente dos ácidos graxos ômega-3 é a linhaça, por ser um alimento funcional de alto teor protéico e lipídico, além de possuir o maior teor deste ácido graxo, entre todas as sementes oleaginosas.
Hipótese: A utilização de uma dieta à base de linhaça influencia positivamente o desenvolvimento do sistema nervoso de ratos filhotesObjetivo: Verificar o efeito do consumo da semente de linhaça no metabolismo e no desenvolvimento de estruturas neurológicas, em ratos. Material e Métodos: Foram utilizados 18 Rattus norvegicus, Wistar, fêmeas, divididas em 3 grupos (n=6): Linhaça (GL), que
receberam ração a base da semente de linhaça adicionada de 5,43% de caseína, Controle (GC), que receberam ração à base de caseína e Controle Modificado (GCM), que receberam ração à base de caseína suplementada com fibras e óleo de soja. Foi coletado material para análise dos filhotes no dia pós-natal zero (P0), aos 14 dias de vida (P14) e com 30 dias de vida (P30). Foi estudada a influência de uma dieta à base de linhaça, sobre o perfil lipídico do leite materno e do cérebro dos filhotes, os pesos corporal, cerebral e cerebral relativo, assim como a histomorfometria e morfologia do nervo óptico e da retina desses animais nas três idades. Resultados: Os AG da família n-3 presentes na linhaça, foram encontrados em abundância na ração confeccionada com esta oleaginosa e foram transferidos para o leite materno de ratas que se alimentaram com esta ração. Verificou-se um
teor de gordura mais elevado ao crematócrito do leite materno, assim como um maior valor energético do mesmo no GL. Também foi registrado um maior peso cerebral e um maior peso cerebral relativo nos filhotes P0 de mães alimentadas com ração à base de linhaça. Nos filhotes P30, apenas maior peso cerebral relativo foi notado. O DHA, assim como o somatório dos ácidos n-3, estava bastante
aumentado no cérebro de filhotes apenas ao P0. O nervo óptico dos ratos mostrouse em geral de forma cilíndrica levemente achatada, apresentando uma aparência oval nos cortes transversais. Notou-se uma grande evolução, quanto ao desenvolvimento dos fascículos nervosos, trabéculas conjuntivas e vasos sanguíneos, ao compararmos as três idades estudadas, independente da ração
ingerida. Ao P0 foi possível observar núcleos da glia bem evidentes e trabéculas muito finas delineando pequenos fascículos nervosos; já no P14, visualizaram-se células da glia, trabéculas e fascículos nervosos compondo nervos ópticos mais desenvolvidos. No P30, observou-se uma melhor organização das estruturas do nervo óptico, distinguindo trabéculas conjuntivas, núcleos de células gliais e fascículos nervosos com melhor definição das fibras axonais formando os fascículos;
havia inclusive fibras mielinizadas e melhor organização das estruturas do nervo óptico. Todas estas características eram mais evidentes no GL nos três idades estudados. Observando-se as médias de área, diâmetro e perímetro do nervo óptico nos animais recém-natos (P0) e em P14, não houve diferença entre os grupos analisados. Ao analisar as médias referentes a área e diâmetro médio nos animais com 30 dias de vida, notou-se que houve diferença apenas entre os grupos GC e GCM. Quanto ao perímetro, não houve nenhuma diferença estatística entre os grupos. Ao observarmos os dados referentes ao volume percentual das estruturas nervosas do nervo óptico ao P0, notamos que não houve diferença entre os grupos estudados, com exceção apenas para o volume de glia que apresentou valor superior para GC, quando comparado aos demais grupos. Já ao P14, a exceção
foram as trabéculas onde GC também apresentou valor superior; e ao P30, não foram encontradas diferenças para nenhuma estrutura nervosa. A retina dos animais no P0 apresentou-se com três camadas distintas - camada de células ganglionares, camada plexiforme interna e camada neuroblástica. O tecido retiniano analisado ao P14 e ao M30 apresentou-se composto por um epitélio externo e uma porção neural. Este tecido mostrou-se organizado em camadas: segmento externo dos
fotorreceptores, nuclear externa, plexiforme externa, nuclear interna, plexiforme interna e camada de células ganglionares. Quanto à histomorfometria da retina, não houve diferença na espessura das camadas ao P0, com exceção apenas para a espessura da retina onde GCM apresentou valor superior quando comparado ao GL. Ao P14, o GL apresentou maior espessura em quase todas as camadas da retina, com exceção para a camada ganglionar. Ao P30 houve diferença apenas na
camada ganglionar, onde GL e GCM apresentaram valor superior à GC. Conclusões: A utilização de uma dieta à base de linhaça no período pré e pós-natal influencia positivamente a incorporação de ácidos graxos ômega-3 na composição do leite materno e no tecido cerebral dos filhotes, assegurando um bom desenvolvimento do sistema nervoso, mais especificamente cérebro, nervo óptico e retina destes animais
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TeseSource
ALMEIDA, Kátia Calvi Lenzi. Efeito da semente de linhaça (Linum usitatissimum) no desenvolvimento do sistema nervoso de ratos wistar. 2011. 106 f. Tese (Doutorado em Patologia) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2011.Subject(s)
Ácidos graxos essenciaisCérebro
Nervo óptico
Retina
Linhaça
Ômega-3
Ratos
Ácido graxo essencial
Cérebro
Nervo óptico
Retina
Linho (Planta)
Rato de laboratório
Ácido graxo ômega-3
Essential fatty acids
Brain
Optic nerve
Retina
Flaxseed
Ômega-3
Rat
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