MONITORAMENTO DA REATIVAÇÃO DO BK POLIOMAVÍRUS EM PACIENTES TRANSPLANTADOS RENAIS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTONIO PEDRO
Transplante renal
Urina
Decoy cell
Citopatologia
Polyomavírus
Vírus BK
Transplante de rim
Nefropatia
BK polyomavirus
Renal transplanl
Urine
Decoy cell
Cytopathology
Gouvêa, Ana Luisa Figueira | Posted on:
2018
Abstract
Introdução: A nefropatia associada ao BK poliomavírus acomete cerca de 10 % dos pacientes
transplantados renais, com perda de função do enxerto em até 50 % dos casos da doença. Muitos autores recomendam a PCR no plasma/urina como estratégia de monitoramento dos pacientes no pós-transplante, visando diagnóstico precoce da reativação do poliomavírus. Hipótese científica: O monitoramento citológico urinário dos pacientes transplantados renais por meio da pesquisa de decoy cells é importante para o acompanhamento clínico póstransplante, objetivando identificação precoce da reativação viral e seleção dos pacientes com maior risco de desenvolvimento da nefropatia associada ao poliomavírus. Objetivo geral: Avaliar a eficácia do monitoramento plasmático e urinário com fins de detecção do DNA do BKV e pesquisa urinária de decoy cells em uma coorte de pacientes transplantados renais, visando identificar os indivíduos com maior risco de desenvolvimento da nefropatia. Objetivos específicos: Pesquisar decoy cells em urina e DNA do BK poliomavírus em sangue e urina do grupo de pacientes; analisar as amostras de biopsia do enxerto renal realizadas no período do estudo; avaliar o curso clínico dos pacientes, correlacionando-o com os resultados do
monitoramento molecular e citológico. Material e métodos: Pacientes transplantados renais foram acompanhados com coletas quinzenais de urina até o terceiro mês, uma coleta ao sexto mês e uma após um ano de transplante. A urina foi submetida a pesquisa de decoy cells e PCR quantitativa para BKV. Amostras de sangue foram coletadas ao final do segundo e terceiro mês pós-transplante para realização da PCR. Foi realizada pesquisa do poliomavírus por imuno-histoquímica nas amostras de biopsia do enxerto renal. Amostras urinárias contendo decoy cells foram submetidas a exame ultraestrutural, imunocitoquímico e por microscopia de contraste de fase. Resultados: O estudo envolveu 29 pacientes. A pesquisa viral urinária foi realizada em 19 pacientes e mostrou positividade em 16 (84 %), sendo que em 13 (81 %) detectada nos primeiros três meses. A pesquisa de decoy cells foi realizada em 25 pacientes, sendo positiva em seis (24 %) dos quais quatro (67 %) apresentaram
positividade no terceiro mês pós-transplante. A pesquisa viral plasmática foi realizada em 22
indivíduos sendo positiva em seis (27 %), todos ao final do terceiro mês pós-transplante. A positividade para decoy cells associou-se ao histórico prévio de transfusão sanguínea do receptor (p=0,012). A análise temporal das três técnicas de monitoramento revelou poder de detecção precoce de positividade na seguinte ordem: DNA viral urinário, decoy cells e DNA viral plasmático. Apenas um caso de nefropatia foi diagnosticado ao final do primeiro ano do transplante. Este paciente eliminou, por 45 semanas, numerosas decoy cells isoladas e constituindo cilindros, além de apresentar numerosas partículas virais intra e extracelulares sob exame ultraestrutural da urina. Conclusão: O monitoramento precoce dos pacientes no pós-transplante renal, por meio da pesquisa de decoy cells, foi efetivo na detecção da reativação do poliomavírus. A positividade para decoy cells mostrou-se preditora de nefropatia pel o BK poliomavírus em caso de eliminação sustentada (≥ 6 semanas) associada a fundo citológico produtivo, mesmo na ausência de disfunção clínica do enxerto. O monitoramento, ao ser desenvolvido contínua e periodicamente pelo período mínimo de um ano após o transplante, revelou-se estratégia promissora para seleção e tratamento tempestivo de pacientes com maior risco de nefropatia associada ao poliomavírus
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TeseSource
GOUVÊA, Ana Luisa Figueira. Monitoramento da reativação do BK poliomavírus em pacientes transplantados renais no Hospital Universitário Antonio Pedro. 2018. 131 f. Tese (Doutorado em Patologia) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2018.Subject(s)
BK poliomavírusTransplante renal
Urina
Decoy cell
Citopatologia
Polyomavírus
Vírus BK
Transplante de rim
Nefropatia
BK polyomavirus
Renal transplanl
Urine
Decoy cell
Cytopathology
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