CASACO QUE SE DESPE PELAS COSTAS: A FORMAÇÃO DA JUSTIÇA COLONIAL E A (RE)AÇÃO DOS AFRICANOS NO NORTE DE MOÇAMBIQUE, 1894- C. 1940
Thomaz, Fernanda do Nascimento | Posted on:
2012
Abstract
O tema inicial da pesquisa buscava entender como os africanos reagiram ao processo de consolidação e a implementação do Estado colonial português em
Moçambique, nas regiões sul, centro e norte. Aos poucos, comecei a perceber que o assunto era muito amplo, e que dificilmente eu conseguiria realizá-lo em apenas quatro anos. À medida que as dúvidas incomodavam, eu passava a ter certeza de que era
necessário começar os estudos a partir de uma dessas áreas geográficas. Propositalmente, iniciei a investigação pelo extremo norte, porque era uma região que
eu pouco conhecia, para não dizer que nada conhecia.
A biblioteca do Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro, tornou-se a minha segunda residência, um local em que eu frequentava assiduamente a procura de obras específicas sobre o norte de Moçambique. Como já esperava, encontrei um número exíguo de documentos. Muito receosa, continuei com a investigação, até que resolvi ler os volumes da obra do antropólogo português Jorge Dias, “Os Macondes de
Moçambique”. Depois da leitura, fiquei um pouco mais tranquila, porque percebi que estava próximo de fazer um recorte mais conciso do tema a ser investigado.1 Tudo isso porque no terceiro volume da obra havia um resumo de dois processos criminais, inserido como anexo. Senti-me bastante seduzida em estudar as ações e reações dos africanos em relação ao Estado colonial através das estruturas judiciárias, utilizando os próprios registros judiciais como fonte
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