Análise da resistência à fratura e resistência de união de pinos experimentais de compósito à dentina radicular

Abstract

Objetivos: Esse estudo comparou a resistência à fratura (RF) estática e após fadiga cíclica (FC) e a resistência de união (RU) de um pino de fibra de vidro (PFV) e um pino experimental de compósito (CP). Além disso, duas profundidades de cimentação foram comparadas. Métodos: 120 dentes humanos unirradiculares tiveram suas coroas removidas e as raízes foram divididas em 4 grupos (n=10) de acordo com o tipo de pino e a profundidade de preparo do conduto: FP5-PFV/5mm; FP10-PFV/10mm; CP5-CP/5mm; CP10-CP/10mm. Após a cimentação dos pinos a RF estática foi avaliada através de um ensaio de compressão a 135º. Outros 40 espécimes foram submetidos à FC antes de do teste de RF estática. A análise da RU foi feita através do teste de push-out e os padrões de falhas foram avaliados. Os dados foram submetidos à análise de variância de dois fatores e o teste LSD Fisher para contraste entre as médias (α=5%). O teste t foi utilizado para comparar a RF antes e depois da FC. Resultados: Não foram encontradas diferenças estatísticas entre os grupos para ambas as análises da RF (p>0,05), porém o grupo CP5 obteve uma performance pior após FC (p<0.05). A RU foi afetada (p<0.05) tanto pelo tipo de pino (CP>PFV) quanto pela profundidade do preparo (10mm>5mm). Enquanto CP10 alcançou os melhores valores de RU, o grupo FP5 obteve os piores. Independentemente do teste de RF realizado, as falhas não restauráveis foram predominantes nos grupos CP, enquanto FP10 se comportou igualmente somente após ser submetido à FC. Conclusão: Os pinos experimentais de compósito demonstraram melhores resultados de RU que os PFV, porém, após o teste de RF, as falhas não restauráveis prevaleceram. Relevância Clínica: O pino experimental de compósito é uma possibilidade promissora para restauração de dentes tratados endodonticamente, uma vez que atingiu valores de RF superiores à força mastigatória normal e RU adequados