O PAPEL DA PROTEÍNA ASC NO METABOLISMO ÓSSEO ASSOCIADA AO USO DE DIFERENTES BIOMATERIAIS
Biomaterial
Proteína ASC
Reparo Ósseo
Camundongos
Regeneração óssea
Material biocompatível
Camundongo
In vivo
Biomaterial
ASC protein
Bone repair
Mice
Lorenzi, Suelen Cristina Sartoretto | Posted on:
2018
Abstract
Uma das estratégias principais na medicina regenerativa é o preenchimento de
defeitos ósseos com materiais biocompatíveis, a fim de otimizar o reparo ósseo
funcional. Em particular, as propriedades como osteocondução e bioabsorção são melhoradas pela substituição parcial de CO 3-2 e PO 3-2 na hidroxiapatita (HA), um
dos materiais mais utilizados mundialmente nas aplicações médicas. No entanto, a
implantação de biomateriais pode apresentar reações inflamatórias nos estágios
iniciais. Estudos recentes identificaram o papel da proteína ASC como mediador da
resposta inflamatória devido ao recrutamento e formação do complexo
inflamassoma. Os camundongos nocauteados para a proteína ASC (KO)
apresentam resistência a doenças inflamatórias, como a artrite reumatóide e a
esclerose múltipla, mas as contribuições da proteína ASC no reparo ósseo e na
resposta biológica durante a implantação de biomateriais inorgânicos ainda não
foram investigadas. Objetivou-se investigar a função de ASC na deposição de osso
de novo avaliando a expressão genética do mRNA dos diferentes genes envolvidos
na inflamação e reparo ósseo em resposta a HA, HA contendo carbonato (CHA) ou
estrôncio e carbonato (SrCHA). Em seguida, células osteoprogenitoras primárias
de camundongos do tipo selvagem/C57BL/6 e ASC KO foram coletadas e expostas
aos meios condicionados pelos biomateriais. Através de análise histoquímica a
coloração positiva para osteoblastos, fosfatase alcalina (ALP) e para osteoclastos,
fosfatase ácida resistente ao tartarato (TRAcP) foram detectadas. Posteriormente,
para validar a hipótese de que a ASC regula a diferenciação de osteoblastos e a
deposição de osso de novo, camundongos de ambos os genótipos foram
submetidos a implantação de HA, CHA e SrCHA na região de subcutâneo e tíbia. A
análise semiquatitativa da resposta inflamatória foi avaliada segundo a Norma ISO
10993:6:2016. O processo de reparo ósseo em tíbia foi avaliado através de
análises histológica, histomorfométrica e imuno-histoquímica. A microtomografia
computadorizada (µCT) foi utilizada para confirmar os dados. Testes de Elisa para
identificação de RANKL e BALP circulantes foram realizados. A cultura primária de
osteoblastos do grupo ASC KO apresentou níveis menores de ALP quando
comparada com as células do tipo selvagem, independente da exposição indireta
aos diferentes biomateriais, sugerindo ASC como uma nova proteína envolvida na
diferenciação dos osteoblastos in vitro. Os resultados in vivo mostraram que os
camundongos ASC KO não foram capazes de curar completamente os defeitos em
tíbia aos 28 dias, independente do biomaterial utilizado, enquanto os defeitos da
tíbia de tipo selvagem apresentavaram maior volume de osso novo na análise
histomorfométrica (p=0.03), confirmado pela marcação de RUNX2. Em conjunto,
nossos resultados sugerem fortemente que a deposição de osso de novo é um
evento biológico ASC-dependente, que deve ser explorado no campo da
bioengenharia óssea.
[Texto sem Formatação]
[Texto sem Formatação]
Document type
TeseSubject(s)
In vivoBiomaterial
Proteína ASC
Reparo Ósseo
Camundongos
Regeneração óssea
Material biocompatível
Camundongo
In vivo
Biomaterial
ASC protein
Bone repair
Mice
License Term
CC-BY-SAThe following license files are associated with this item: