PERFIL DO ÓBITO NEONATAL NO BRASIL
Fatores de risco e razão de chances
Estatística de saúde
Mortalidade neonatal precoce
Pacheco, Vanessa Eufrauzino | Posted on:
2016
Abstract
A mortalidade infantil é um importante indicador que traz a tona as desigualdades econômico-sociais no nosso país. Nesse contexto, torna-se imprenscindível a investigação sobre a mortalidade neonatal que eleva o coeficiente de mortalidade infantil. O objetivo desse trabalho foi traçar o atual perfil do óbito neonatal no Brasil e analisar os fatores clínicos e não clínicos referentes à gestante, à gestação, ao parto e ao nascituro associados a este desfecho desfavorável. Foram utilizados os dados dos Sistemas de Informação de Nascidos Vivos e de Mortalidade do Ministério da Saúde (DATASUS) entre os anos de 2011 a 2013 de mães de bebês sem anomalia congênita, com idade entre 15 a 45 anos e que deram a luz em hospital. Foram realizados teste de homogeneidade e cálculo de razões de chance brutas e ajustadas. Em geral as características maternas predominantes foram de mulheres pardas (55,2%), com idade entre 20 e 34 anos (69,4%), com ensino médio (79,8%), multíparas (62,9%) e de gestação única (98,0%). As principais associações com óbito neonatal encontradas foram: gestação gemelar (dupla: RCbruta 6,62; tripla: RCbruta 19,20), número de consultas pré-natais inferior a 7 (RCbruta 4,81), idade gestacional pré-termo (RCbruta 99,80), apresentação do bebê pélvica/podálica (RCbruta 5,10) ou transversa (RCbruta 4,90), baixo peso ao nascer (RCbruta 34,20), asfixia no 1º minuto de vida (RCbruta 32,65) e baixo Apgar no 5º minuto (RCbruta 84,25). Para o óbito neonatal precoce ou tardio o risco se associa a gestação dupla (precoce: RCbruta 6,76; tardio: RCbruta 6,14) e tripla ou mais (precoce: RCbruta 108,06; tardio: RCbruta 23,28), número de consultas pré-natais inferior a 7 (precoce: RCbruta 5,17; tardio: RCbruta 3,77), idade gestacional pré-termo (precoce: RCbruta 108,42; tardio: RCbruta 75,11), baixo peso ao nascer (precoce: RCbruta 35,48; tardio: RCbruta 29,57), asfixia no 1º minuto de vida (precoce: RCbruta 89,26; tardio: RCbruta 24,81) e baixo Apgar no 5º minuto (precoce: RCbruta 109,93; tardio: RCbruta 27,11). Esses resultados sugerem que os riscos de óbitos neonatal, neonatal precoce e tardio podem ser evitados com estratégias de campanhas de prevenção voltadas para saúde materno-infantil
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Document type
Trabalho de conclusão de cursoSource
PACHECO, Vanessa Eufrauzino. Perfil do óbito neonatal no Brasil. 2015. 54 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Estatística) - Instituto de Matemática e Estatística, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2015.Subject(s)
Óbito neonatalFatores de risco e razão de chances
Estatística de saúde
Mortalidade neonatal precoce
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