Sintomas de ansiedade em universitários: o papel do suporte familiar

Abstract

A percepção do suporte familiar é discutida como fator preditor de saúde mental, sendo a família um modelo que serve como referência para que seus membros construam outras relações sociais. Considerando que a estrutura e o funcionamento familiar exercem influência no desenvolvimento dos indivíduos, questiona-se o desenvolvimento de transtornosmentais, como a ansiedade, e sua possível associação com a percepção do suporte familiar. O presente estudo teve como objetivo avaliar o papel da percepção do suporte familiar entre universitários e a presença de sintomas de ansiedade. A amostra foi composta por 100 estudantes matriculados em instituições públicas e privadas de ensino superior, com idade entre 18 e 40 anos, que responderam a três instrumentos: questionário sócio-demográfico, Inventário de Percepção de Suporte Familiar (IPSF) e Inventário de Ansiedade de Beck (BAI). A análise de dados revelou que as mulheres, quando comparadas aos homens, apresentaram mais frequentemente queixas de ansiedade. Quanto à percepção do suporte familiar, não foram observadas diferenças significativas entre homens e mulheres, sendo que parte da amostra relata baixa percepção de suporte familiar. Sobre a presença de sintomas de ansiedade foi observada associação, onde participantes com baixos níveis de percepção de suporte familiar relatavam presença de sintomas de ansiedade. Assim, a percepção de baixo suporte familiar pode contribuir para o surgimento de sintomas de ansiedade em sujeitos com predisposição