IMPLEMENTAÇÃO DA TÉCNICA DE MICROARRANJO PARA TIPAGEM DE PAPILOMAVIRUS HUMANO (HPV) MULHERES VIVENDO COM O VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA (HIV)
Papilomavírus humano
HIV
HPV
Papillomaviridae
HIV
Análise de sequência com séries de oligonucleotídeos
Análise em microsséries
Guimarães, Gabriela Rapozo | Posted on:
2020
Abstract
O Papilomavírus humano (HPV) é o agente da infecção viral mais comum que afeta o trato reprodutor. É um vírus ubíquo e estima-se que mais de 50% dos indivíduos sexualmente ativos podem ser expostos a ele em algum momento da vida. Em mulheres que vivem com HIV a prevalência de HPV é maior, a infecção tende a ser mais persistente, por múltiplos tipos e tipos pouco prevalentes. Sendo assim, a escolha de tipos de HPV para compor a vacina e a correlação entre eles e o grau das lesões suspeitas dependem diretamente de um protocolo que abarque não só o diagnóstico genérico do HPV e suas lesões, mas que também considere a tipagem dos tipos mais comuns nessa população. Foram coletadas 101 amostras de esfregaços de ectocérvice e endocérvice em uma avaliação clínico ginecológica no Setor de Referência de DST/AIDS de Campos dos Goytacazes/RJ de 2016 a 2019 e transportadas para o Laboratório de Diagnóstico Virológico da Universidade Federal Fluminense. Após extração do DNA, foi realizado a técnica de PCR genérica convencional (MY09/11) e PCR (MY09/11 e 125’) usando fluoróforos, os amplicons foram submetidos à técnica de microarranjo para detecção de 32 diferentes genótipos de HPV mucosotrópicos, com posterior revelação em transiluminador ultravioleta. A prevalência encontrada de HPV nessa população foi de 31,7% (n = 32/101). As infecções múltiplas foram frequentes (55%) e estaticamente associadas com a presença de tipos oncogênicos. Através da técnica de microarranjo pudemos tipar 93,5% (n = 29/32) das amostras positivas para PCR genérica MY09/11 e encontramos 18 genótipos diferentes de HPV. Após avaliar parâmetros laboratoriais relacionados ao HIV e dados sociodemográficos, observamos que o tratamento antirretroviral e a quantidade de linfócitos TCD4+ foram estatisticamente relevantes para proteção contra infecção pelo HPV. Os tipos não-16 e 18 corresponderam a 52% dos genótipos oncogênicos encontrados. Entretanto outros tipos oncogênicos foram frequentes, especialmente o HPV18, indicando um pior prognóstico destas pacientes. Os nossos resultados indicam que utilizar a técnica de hibridização em microarranjo a longo prazo em mulheres que vivem com HIV seria interessante a fim de compreender, acompanhar e agir precocemente no curso da doença.
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Document type
Trabalho de conclusão de cursoSubject(s)
Técnica de hibridização em microarranjoPapilomavírus humano
HIV
HPV
Papillomaviridae
HIV
Análise de sequência com séries de oligonucleotídeos
Análise em microsséries
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