Segurança alimentar e nutricional: os impactos da política hídrica em Rondônia

Abstract

Esse trabalho apresenta-se como uma pesquisa bibliográfica acerca dos recursos hídricos e sua correlação com a segurança alimentar. Questiona-se a respeito de como garantir a preservação do meio ambiente ao tempo em que se amplia a população carente de alimentos e como consequência, os setores agroindustriais tais como a pecuária extensiva e as monoculturas no Estado de Rondônia, passam a ampliar-se e acabam por contribuir para a escassez da água. Objetiva-se estudar a expansão das fronteiras agrícolas e a pecuária no estado de Rondônia, e evidenciar os riscos de escassez hídrica, bem como os problemas no contexto da necessidade de produção de alimentos para a população. Discute-se a urbanização desordenada, a aceleração da utilização dos recursos naturais e a degradação do capital natural que se intensificam na égide do sistema capitalista de produção. Abordam-se as divergências doutrinárias entre uma matriz de pensamento conservacionista e uma matriz de pensamento social economicista. Verificou-se que não se confirmou a hipótese de que a pegada hídrica da agricultura no estado de Rondônia é maior do que a pegada da pecuária O que ocorre é justamente o contrário – a pegada hídrica do setor de pecuária como um todo, em Rondônia representa o maior risco de escassez hídrica, caso não sejam contabilizados os custos hídricos da produção e internalizados esses custos; e que de fato, é possível compatibilizar a vertente econômica do recurso natural “água” para que esse processo auxilie na promoção da segurança alimentar, (especialmente dos hipossuficientes), dentro de um paradigma de “dignidade hídrica” ao contrário de teorias que sustentam que com a adoção desses critérios de economicidade seriam satisfeitos apenas os interesses do Capital