A bebida de Ninkasi em terras tupiniquins: uma abordagem teórica da química de diferentes cervejas

Abstract

A cerveja é uma das bebidas mais antigas da história da civilização. Ao contrário do que muitos pensam, é nutritiva, podendo-se considerar saudável quando não bebida em excesso. O equilíbrio das suas substâncias voláteis e não-voláteis é responsável pela aceitação e qualidade da bebida. A composição em ésteres, aldeídos, dicetonas vicinais, ácidos orgânicos, alcoóis superiores, fenóis, iso-α-ácidos e outras substâncias estão diretamente relacionados a sua qualidade. Por ser uma bebida que apresenta uma harmonia entre sabor e aroma, existem inúmeros estilos de cervejas com as mais diversas características, e as infinitas possibilidades nas combinações de grãos de malte, flores de lúpulo e famílias de leveduras trazem a esses estilos diferentes sensações gustativas e olfativas. Toda essa diversidade transformou a bebida numa excelente opção para quem busca prazer em beber e harmonizações gastronômicas. Os ingredientes de uma cerveja são determinantes para o sabor que ela apresenta, e embora não sejam o único fator, certamente são um dos mais importantes para quem lida com a degustação. Apresenta-se, assim, um trabalho baseado em uma releitura bibliográfica sobre a história da bebida na sociedade, com especial destaque à história nacional, além de uma discussão teórica da composição química das matérias-primas, das técnicas e processos industriais, e uma abordagem sobre a classificação e a diversificação dos estilos de cerveja disponíveis para consumo