O BANCO MUNDIAL COMO ATOR POLÍTICO, INTELECTUAL E FINANCEIRO (1944-2008)
Estados Unidos
Organizações internacionais
Ajuda externa ao desenvolvimento
Neoliberalismo
Economia internacional
Estados Unidos
Banco mundial
World Bank
United States
International organizations
Foreign aid to development
Neoliberalism
Pereira, João Márcio Mendes | Posted on:
2009
Abstract
O foco desta pesquisa é a ação do Banco Mundial, as pressões que a modelaram e os
interesses a que serviu ao longo da sua história. O trabalho se apóia empiricamente em fontes
documentais do próprio Banco e em extensa literatura estrangeira. A hipótese central é de que
o Banco age, desde as suas origens, como um ator político, intelectual e financeiro, e o faz
devido à sua condição singular de emprestador, formulador de políticas, ator social e produtor
e/ou veiculador de idéias sobre o que fazer, como fazer, quem deve fazer e para quem em
matéria de desenvolvimento capitalista. Ao longo da sua história, o Banco sempre explorou a
sinergia entre dinheiro, prescrições políticas e conhecimento econômico para ampliar sua
influência e institucionalizar sua pauta de políticas em âmbito nacional, tanto por meio da
coerção (constrangimento junto a outros financiadores e bloqueio de empréstimos) como,
mais frequentemente, da persuasão (diálogo com governos e assistência técnica). A tese
mostra que os atributos de poder que gradualmente deram ao Banco uma condição ímpar
entre as demais organizações internacionais criadas no pós-guerra decorreram de
contingências históricas, decisões institucionais e, fundamentalmente, da supremacia norte americana. O Banco foi, em grande medida, uma criação dos Estados Unidos e a sua subida à
condições de organização internacional relevante foi escorada, do ponto de vista político e
financeiro, pelos EUA, que sempre foram o maior acionista e o membro mais influente. As
relações com os EUA, sob a forma de apoio, injunções e críticas, foram decisivas para o
crescimento e a configuração geral das políticas e práticas institucionais do Banco. Em troca,
os EUA se beneficiaram largamente da ação do Banco em termos econômicos e políticos,
mais do que qualquer outro grande acionista, tanto no curto como no longo prazos. As
relações com o poder norte-americano foram e continuam sendo fundamentais para a
definição da direção, da estrutura operacional e das formas de atuação do Banco. Por sua vez,
a política norte-americana para o Banco sempre foi objeto de disputa entre interesses
empresariais, financeiros, político, ideológicos e de segurança diversos, às vezes radicalmente
diversos, quanto ao papel da cooperação multilateral e da assistência externa ao
desenvolvimento capitalista. Com o passar do tempo, tal disputa passou a envolver um
número cada vez maior e diversificado de atores políticos e econômicos, inclusive
organizações não-governamentais baseadas em Washington DC e internacionais.
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Document type
TeseSource
PEREIRA, João Márcio Mendes. O Banco mundial como ator político, intelectual e financeiro (1944-2008). 2009. 366f. Tese (Doutorado em História)- Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2009.Subject(s)
Banco mundialEstados Unidos
Organizações internacionais
Ajuda externa ao desenvolvimento
Neoliberalismo
Economia internacional
Estados Unidos
Banco mundial
World Bank
United States
International organizations
Foreign aid to development
Neoliberalism
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