Análise da eficiência dos municípios produtores de milho no período de 2015 a 2019

Abstract

O agronegócio é um importante setor para a economia brasileira, contribuindo para a geração de emprego, renda e divisas. Dentro desse amplo setor, destaca-se a produção de grãos, em que o Brasil é dos principais produtores do mundo. Dentre os grãos que são produzidos no Brasil, o milho é um dos mais relevantes, tanto em termos de mercado interno como o externo. A atuação no mercado internacional exige altos níveis de eficiência tanto dentro da porteira quanto fora da porteira, para que o mesmo tenha competitividade e retornos econômicos. O presente estudo teve como objetivo mensurar os níveis de eficiência dos principais municípios produtores de milho no Brasil no período de 2015 a 2019. Para tanto, a escolha dos municípios se deu a partir da série histórica elaborada pela Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB. Como referencial teórico, utilizou-se os conceitos de eficiência técnica e alocativa. Em termos metodológicos, utilizou-se a Análise Envoltória de Dados (Data Envelopment Analysis – DEA), mais especificamente, o modelo CCR. A partir do modelo, identificou-se que o nível de eficiência “dentro da porteira” (cenário 1) está estimada em, aproximadamente, 83%. O que significa que, em média, seria possível reduzir 27% dos gastos com insumos sem comprometer a produção. Com a inserção dos custos logísticos, o nível de eficiência “fora da porteira” (cenário 2) está estimada em, aproximadamente, 63%. Neste caso, sem alterar a produção, seria possível reduzir os insumos em 37%. A diferença entre os dois cenários está no fato de que no segundo considera-se, como output, a receita média obtida com a comercialização das sacas de 60 kg de milho por hectare, o que permite avaliar os custos logísticos. Tendo em vista que o score médio no cenário 2 é menor do que no cenário 1 (20 pontos percentuais), conclui-se que os custos logísticos interferem na eficiência dos municípios produtores de milho