A TRADIÇÃO POR UM FIO: UMA HISTÓRIA DAS SENSIBILIDADES EM RELAÇÃO AOS ESPAÇOS NA CRISE DOS PADRÕES TRADICIONAIS DE MASCULINIDADE NO NORDESTE (1940-1980)
Oliveira Filho, Valdinar da Silva | Posted on:
2010
Abstract
A tradição por um fio: uma história das sensibilidades em relação aos
espaços na crise dos padrões tradicionais de masculinidade no Nordeste (1940/1980),
num primeiro instante se preocupou em demonstrar, narrar, problematizar e apresentar
que o sensível, ou em outras palavras, que a sensibilidade humana tem uma história, e,
que a mesma tem uma importância fundamental para o “eu” e para os “outros”, pois
estabelece relações diversas, dinâmicas e multidirecionais atravessadas no tempo e no
espaço em que a história é narrada. Não podemos esquecer que as abordagens
estruturais servem para nos dar a sintaxe da região, mas não a sua semântica. Elas nos
apresentam os elementos, mas não nos é capaz de dizer como estes fazem sentido, como
estes são organizados na forma de relatos, sejam relatos de memória, relatos de espaço,
relatos literários, relatos sociológicos, relatos geográficos, relatos historiográficos. Num
segundo momento, esta tese se preocupou em demonstrar que o que ocorre entre a
sensibilidade humana e os espaços praticados pelos mesmos é relacional, que nossas
relações com os lugares, com os territórios, com a terra é da ordem do sensível, talvez
por isso não se tenha, durante muito tempo, encontrado pessoas dispostas a fazer a
história destas relações. È sobre a história das relações do gênero masculino sustentado
e demarcado pela tradição nordestina marcada por padrões e estereótipos em crise do
que é ser homem nesta região que se constitui o eixo principal desta tese. Entre os
folhetos de cordel e os romances clássicos e as memórias aqui utilizadas, o masculino
foi pensado, problematizado e apresentado atravessando uma crise nos padrões
estabelecidos na sociedade dita nordestina no começo do século XX. Enfim, uma
história entre a prática dos lugares e espaços praticados da nordestinidade e da
masculinidade percebemos os limites do mundo masculino demarcado entre o “fogo
morto” e os limites do mando que entravam em crise, em confronto, em luta. Daí
histórias no barbante de violência e masculinidade em relação aos espaços e ao
feminino, que emergiam entre um passado patriarcal e uma sociedade matriarcal,
efeminada que ameaçava a tradição configurada em crise da masculinidade nordestina
sustentada por um fio e temerosa do nivelamento social e de gênero que se estabelecia
no Nordeste no começo do século XX, entre 1940 e 1980, para ser mais didático.
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OLIVEIRA FILHO, Valdinar da Silva. A tradição por um fio: uma história das sensibilidades em relação aos espaços na crise dos padrões tradicionais de masculinidade no nordeste (1940-1980). 2010. 205f. Tese (Doutorado em História)- Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2010.License Term
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