O acervo Pixinguinha: Instituto Moreira Salles e os arquivos de pessoas

Abstract

A partir do levantamento da literatura arquivística, justifica a utilização do termo arquivos de pessoas, apresentando aspectos históricos, teóricos e metodológicos relacionados a essa temática e situando-a nos debates pertinentes a Arquivologia Contemporânea. Identifica o caráter multifacetado do Instituto Moreira Salles, um centro de cultura que coleciona arquivos de pessoas e se projeta no cenário nacional enquanto um importante produtor de conteúdo qualificado. Evidencia as peculiaridades da instituição quanto a abordagem dada aos acervos, bem como as iniciativas da Coordenação de Gestão de Acervos na elaboração de um modelo híbrido (descrição/catalogação) afim de integrar as suas áreas e padronizar os procedimentos de trabalho. Analisa as abordagens do Instituto Moreira Salles quanto ao tratamento e difusão do Acervo Pixinguinha, apontando a necessidade da criação de instrumentos que sigam os preceitos arquivísticos, ou seja, calcados no contexto de produção/acumulação dos documentos. Destaca como a abordagem direcionada a obra de um artista, uma visão museológica, e preponderante na instituição, pode ser considerada positiva enquanto meio de difusão do Acervo e de produção de conhecimento, podendo operar de maneira conjunta a uma abordagem centrada nos arquivos.