ESPECTRO DE POTÊNCIA ANGULAR DOS RAIOS CÓSMICOS MEDIDOS NO OBSERVATÓRIO PIERRE AUGER
Observatório Pierre Auger
Anisotropia
Espectro de potência angular
Máxima razão de verossimilhança
Raios cósmicos
Anisotropia
Observatório Pierre Auger
Produção intelectual
Cosmic rays
Pierre Auger Observatory
Anisotropy
Angular power spectrum
Maximum likelihood ratio
Santos, Diego Correia dos | Posted on:
2020
Abstract
Desde a descoberta dos raios cósmicos há mais de 100 anos, muito conhecimento tem sido adquirido a respeito dessa radiação cósmica. No entanto, com relação àqueles de energias acima de 1018 eV, denominados raios cósmicos de ultra alta energia - UHECR (Ultra High Energy Cosmic Rays), ainda hoje permanecem grandes questões em aberto, como a respeito de suas origens, composições químicas e como as mesmas conseguem adquirir energias tão
altas que nenhum acelerador de partículas já construído pelo homem foi capaz de alcançar. A dificuldade de se estudar os UHECRs se deve ao seu fluxo extremamente baixo, podendo chegar a uma partícula por km2 por ano para raios cósmicos com energias acima de 1019 eV. Com o objetivo de compreender a física dessas partículas, foi construído o maior observatório de raios cósmicos do mundo, o Observatório Pierre Auger, que atualmente é o estado da arte em detecção de raios cósmicos de ultra alta energia. Em especial, o estudo de anisotropias nas direções de chegada dos raios cósmicos de ultra alta energia é fundamental para a compreensão astrofísica destas partículas. Neste sentido, o
espectro de potência angular, peça chave para o estudo de anisotropias em múltiplas escalas angulares, é o principal tema deste trabalho. Assim, usando dados colhidos pelo Observatório Pierre Auger, atualizamos as medidas do
espectro de potência angular reportadas anteriormente para eventos com energia superiores a 4 EeV, utilizando um conjunto de eventos 2,2 vezes maior (correspondendo a 5 anos a mais de dados). Os resultados apontam para uma anisotropia dipolar muito forte para eventos com energias acima de 8 EeV, com uma significância estatística maior do que a reportada anteriormente pela Colaboração Auger via espectro de potência angular. Uma vez que é extremamente difícil estimar a exposição do observatório para energias nas quais
não possuímos uma máxima eficiência de detecção, utilizamos um método de máxima razão de verossimilhança para a determinação do mapa de intensidade dos raios cósmicos e então reconstruir o espectro de potência angular para energias abaixo de 4 EeV. Este estudo foi realizado pela primeira vez na literatura de raios cósmicos de baixas energias (E > 0,03 EeV). Para todos os conjuntos de eventos com energias abaixo de 8 EeV, nenhum desvio de isotropia foi encontrado. Além disso, os resultados mostram que para energias abaixo de 4 EeV, as fases dipolares em ascensão reta não estão muito distantes do centro galáctico enquanto que para energias acima de 4 EeV as fases dipolares se distanciam do centro galáctico, concordando com a hipótese de uma transição galáctica para extragaláctica com respeito às origens dos raios cósmicos.
Os resultados obtidos neste trabalho, juntamente com informações a respeito da composição química do raio cósmico primário em função da energia, são ingredientes fundamentais para nosso entendimento a respeito destas partículas super energéticas
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Document type
DissertaçãoSource
SANTOS, Diego Correia dos. Espectro de potência angular dos raios cósmicos medidos no Observatório Pierre Auger. 2020. 117 f. Dissertação (Mestrado em Física) − Instituto de Física, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2020.Subject(s)
Raios cósmicosObservatório Pierre Auger
Anisotropia
Espectro de potência angular
Máxima razão de verossimilhança
Raios cósmicos
Anisotropia
Observatório Pierre Auger
Produção intelectual
Cosmic rays
Pierre Auger Observatory
Anisotropy
Angular power spectrum
Maximum likelihood ratio
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