A gerência do cuidado de Enfermagem como ferramenta na prevenção de eventos adversos com medicação em Unidade de Terapia Intensiva

Abstract

Introdução: Os Eventos Adversos (EAs) ocupam a terceira causa de morte no mundo e a segunda no Brasil, sendo considerado pela Organização Mundial da Saúde uma questão de saúde pública. São definidos como prejuízo não intencional causado ao paciente, não relacionado à morbidade de base em decorrência das intervenções da equipe de saúde e que pode gerar prolongamento do tempo de internação, sofrimento, desconforto físico e emocional, incapacidade e óbito. Esses EAs tornam-se ainda mais desafiadores em um ambiente tão hostil e complexo como a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Objeto: A gerência do cuidado de enfermagem como ferramenta na prevenção de EAs relacionados à medicação na Unidade de Terapia Intensiva. Objetivo:. Discutir por meio das evidências científicas como a gerência do cuidado em enfermagem pode ser uma ferramenta na prevenção de EAs relacionados à medicação na Unidade de Terapia Intensiva. Método: Trata-se de revisão integrativa de literatura de característica crítica e retrospectiva, com fontes de dados primários completos, publicados entre 2016 a 2021 em português, inglês e espanhol, na Biblioteca Virtual de Saúde nas seguintes bases: MEDLINE, LILACS, BDENF. Foi utilizado também a SciELO e o Google Scholar. Resultados: Foram selecionados 16 artigos para a realização do estudo dos quais foram categorizados em três categorias temáticas: 1ª A complexidade dos cuidados de enfermagem como fator favorável à ocorrencia de eventos adversos em terapia intensiva; 2ª Cultura de segurança do paciente: responsabilidades e notificações de eventos adversos e 3ª Gerência do cuidado como ferramenta potencializadora na prevenção de eventos adversos. Considerações finais: Desse modo, conclui-se que o gerenciamento do cuidado pode contribuir efetivamente, como ferramenta contra eventos adversos na assistência, principalmente nesse cenário desafiador que é a UTI. Porém, observa-se a dificuldade da enfermagem em eliminar a dicotomia do cuidar e gerenciar, não compreendendo que são tarefas complementares e interdependentes. Para tanto, faz-se necessário que haja uma mudança dessa concepção a partir da sua formação acadêmica contribuindo para um trabalho unificado, cujo foco é a segurança do paciente.