Uma análise de acessibilidade de sistemas acadêmicos: o Google sala de aula

Abstract

Com a pandemia de COVID-19 no ano de 2020, o mundo precisou adaptar todo o seu cotidiano para uma nova realidade. Isso não foi diferente dentro do contexto educacional que a Universidade Federal Fluminense se encontra. A fim de continuar atendendo seus alunos e seguir com os cursos ministrados, a UFF adotou o ensino remoto emergencial, e implementou a mudança de aulas presenciais para ambientes remotos. A sugestão adotada pela grande maioria dos professores foi a ferramenta Google Sala de Aula, desenvolvida pela empresa norte-americana Google. Porém, como uma instituição pública, é dever da faculdade prover acessibilidade e o acesso inclusivo para seus alunos em qualquer ambiente, seja presencial ou remoto. Tal aspecto é extremamente importante no que se refere a adesão e permanência de estudantes com deficiência na faculdade, visto que seus direitos são garantidos pela legislação brasileira através do Estatuto da Pessoa com Deficiência. O presente trabalho buscou investigar se a ferramenta escolhida pela UFF é acessível ou não para pessoas com deficiência a partir de diretrizes e padrões internacionais, assim como recomendações do Governo Federal Brasileiro. Para isso, foram realizados alguns métodos para levantamento da dados, tais como observação, aplicação de questionário e entrevistas voltados para entender a vivência dos alunos com deficiência dentro do curso de Sistemas de Informação do \textsl{Campus} Niterói da UFF. Além disso, também foram realizadas análises automatizadas, usando ferramentas recomendadas pelo governo, e análise manual do Google Sala de Aula a fim de avaliar a acessibilidade da ferramenta. Como resultado das análises da ferramenta junto das análises dos dados recolhidos, foi obtido que, a ferramenta é considerada acessível para pessoas com deficiência auditiva, porém não é para pessoas com deficiências visuais, especialmente cegos.