Uma estimativa do custo de abatimento de carbono da energia fotovoltaica distribuída no Brasil

Abstract

O setor de geração de energia elétrica é um dos responsáveis pela emissão de gases de Efeito Estufa (GEE) sobretudo as matrizes com maior percentual de termelétricas que utilizam combustíveis fósseis em sua operação. Diante da pressão internacional para a redução das emissões atmosféricas, as energias renováveis ganharam notoriedade como possível ator para impulsionar essa redução nas matrizes elétricas ao redor do mundo. O presente trabalho tem como objetivo estimar o custo de abatimento de carbono da energia fotovoltaica da modalidade distribuída no Brasil quando comparada a modalidade centralizada. Foram avaliadas as emissões e demandas de energia dos ciclos de vida dos painéis fotovoltaicos, bem como, a partir de modelo matemático, projetadas emissões de GEE e potencial de geração da matriz elétrica Brasileira a fim de se definir o custo de abatimento de carbono para as modalidades fotovoltaica centralizada e distribuída. Os resultados demonstram um custo significativamente maior para o modal distribuído, contudo são discutidos pontos que devem ser levados em consideração e que provavelmente contornem os custos, como exemplo os benefícios ambientais, e abatimento na conta de luz daqueles que optam por instalar painéis em sua residência ou estabelecimentos comerciais. As análises realizadas visam ainda ampliar os estudos para expansão da participação da geração distribuída solar fotovoltaica na matriz elétrica brasileira.