Produção de tomate em Paraíso do Tobias/RJ: Relação entre os pequenos agricultores e o uso de agrotóxico

Abstract

O presente trabalho traz um levantamento sobre a produção de tomate em Paraíso do Tobias, distrito de Miracema/RJ, no noroeste fluminense. Esse levantamento, feito através de observação e entrevistas estruturadas, aborda informações da produção em si e também de temas relacionados, como o uso de equipamento de proteção individual (EPI), o uso dos insumos para a produção da lavoura de tomate, a saúde do trabalhador rural, e do armazenamento e descarte das embalagens dos insumos utilizados. O uso constante de agrotóxicos e fertilizantes usados pelo pequeno produtor rural do distrito, se não for feito corretamente, pode causar sérios danos ao meio ambiente, à saúde dos produtores, seus familiares e consumidores. Como sua principal fonte de renda é a produção de tomate, devido as pragas que atingem as lavouras, os produtores aplicam agrotóxicos no intuito de prevenir e acabar com elas, pois seus gastos são altos e geralmente não querem correr os riscos de perdê-las por completo as produções ou parte delas. Os plantadores de tomate dessa localidade trabalham por conta própria, como meeiros (tendo direito a 40% da produção) ou como diaristas. Como resultado do levantamento feito é possível dizer que os produtores participantes da pesquisa desconhecem os riscos que esses insumos podem causar se forem manuseados de forma incorreta. Para contribuir com a conscientização dos produtores locais a respeito dos cuidados necessários no manuseio de insumos (no preparo e aplicação), estocagem e descarte das embalagens, foi organizada uma palestra, ministrada por um técnico da Defesa Sanitária de Miracema/RJ, com o tema “Produtos Fitossanitários”, que aceitou participar da atividade. Ao fim dessa palestra foi possível notar o quanto ela foi proveitosa para os produtores locais, que tiraram dúvidas durante e após a palestra realizada. Assim, consideramos ser de grande relevância que é importante que atividades como esta sejam feitas com mais frequência nas localidades com produção de tomate (e outros tipos de plantio) para que os impactos à saúde dos trabalhadores rurais (e familiares) e ao ambiente sejam minimizados.