Ocupações: como se formam estudantes nos espaços públicos?

Abstract

Justifico a escolha do tema de pesquisa ao considerar centrais as aprendizagens decorrentes das ocupações estudantis no Brasil, a partir de 2015/2016, sendo objeto da investigação que realizo nesta monografia. O objetivo da monografia relaciona-se à compreensão de como se realiza o processo de formação humana, acadêmica, profissional, interpondo-se ao currículo oficial, conjugando-se com os acontecimentos sociais, a conjuntura e a estrutura do sistema capitalista. As especificidades presentes nas relações que se constituíram e puderam suscitar a ocupação do Instituto de Educação Superior do Noroeste Fluminense, em Santo Antônio de Pádua, em 2016. As análises respaldam-se no materialismo histórico-dialético, considerando as categorias totalidade, contradição, trabalho, dialética, luta de classes, divisão social e técnica do trabalho, possibilitando a apreensão pelo movimento do pensamento através da materialidade histórica da vida dos homens em sociedade. A pesquisa revelou a possibilidade de organização dos estudantes para realizar aulas públicas, atividades de interação, escolha do conteúdo que gostaríamos de aprender, aproximando teoria e prática. Estávamos vivenciando aquilo que acumulamos ao longo da graduação. Os debates sobre estrutura da Universidade e os currículos foram possíveis na medida em que comparávamos anotações e configurações dos cursos. A visão de totalidade dos cursos e níveis de ensino – Ed. Básica e Ensino Superior. Currículo prescrito/currículo modelado por sujeitos socais que o vivem/o implementam. Colocamos em pauta os processos de formação que são impostas e definimos processos de formação que emergiram das conjunturas.