VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DOS GENÓTIPOS DO PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) NAS INFECÇÕES DO TRATO ORAL E GENITAL MASCULINO E O IMPACTO DA VACINAÇÃO NA CIRCULAÇÃO DESTES GENÓTIPOS EM ALUNOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
HPV
PCR
Vacina
IST
Genótipos
Papillomaviridae
Vacinas contra papillomavirus
Monitoramento epidemiológico
Genótipo
Human papillomavirus
HPV
PCR
Vaccine
STI
Genotypes
Silva, Katia Cristina | Posted on:
2022
Abstract
A infecção causada pelo papilomavírus humano (HPV) é a infecção sexualmente transmissível de origem viral mais frequente no mundo, e atualmente é prevenível por vacinação. Este estudo teve como objetivo determinar a prevalência de HPV em amostras no trato oral e genital de jovens universitários do sexo masculino assintomáticos, da Universidade Federal Fluminense, pesquisar fatores de risco associados à infecção,avaliar o impacto da vacinação oferecida contra o HPV na circulação de genótipos com duas doses da vacina quadrivalente (4vHPV) e seus efeitos adversos após a imunização. A população de estudo compreendeu 286 alunos,com idade de 18 a 20 anos acompanhados em intervalos de seis meses, por um período de até dois anos, organizado em três visitas T0(n=286),T1(n=218) e T2 (n=41). Em T0 e T1, todos tiveram amostras coletadas do sitio oral e genital, sendo imunizados no Setor de DST da UFF. Alcançamos quase 80% de cobertura vacinal, meta necessária para alcançar algum impacto em saúde pública, tendo sido observados somente efeitos adversos brandos. Para a detecção viral, utilizamos a reação de cadeia polimerase (PCR) e nas amostras positivas, foi realizada a hibridização por Microarranjo. A PCR revelou que 14,6% das amostras apresentavam infecção para HPV em T0, 8,7% em T1 e 14,6% em T2. A técnica de Microarranjo revelou 13 genótipos de baixo risco, 13 genótipos oncogênicos e quatro possíveis oncogênicos. Em T0 e T1, o HPV 11 foi o mais prevalente, seguido do HPV6. Após o esquema vacinal completo encontrarmos os tipos vacinais benignos 6 ou 11 em T2, observamos a diminuição da prevalência dos tipos vacinais 16 e 18 e o aumento na circulação de tipos de alto risco (HR) raros e ausentes na 4vHPV e na 9vHPV (HPV 66,73 e 82). A análise multivariada apontou maior risco de infecção oral por HPV em homens que fazem sexo só com homens (p=0,046). Já o risco de infecção genital por HPV foi significativamente (p=0,001) maior dentre os alunos da área de saúde. Não encontramos relação na aquisição da infecção por HPV com renda familiar, número de parceiros, uso de preservativo ou circuncisão. Nosso estudo teve limitações importantes, dado o curso da pandemia de COVID-19 devido ao lockdown, impossibiltando a coleta e o acesso às dependências da Universidade. Houve grande perda de seguimento, prejudicando o acompanhamento, mas identificamos persistência dos HPV 6 e 11 em três alunos, corroborando que não há efeito terapêutico associado à vacina. Sugerimos que a vacinação de adultos jovens é relevante, dada a baixa prevalência da infecção, mesmo em uma população após a sexarca, e poderá contribuir para controlar o espalhamento do vírus e o desenvolvimento de lesões benignas em curto prazo e, a médio e longo prazo, o desenvolvimento de câncer por HPV. Entendemos que a vigilância de genótipos circulantes será fundamental para monitorar as mudanças esperadas na prevalência dos diferentes tipos de HPV e avaliar o impacto na saúde pública
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Document type
TeseSubject(s)
Papilomavírus humanoHPV
PCR
Vacina
IST
Genótipos
Papillomaviridae
Vacinas contra papillomavirus
Monitoramento epidemiológico
Genótipo
Human papillomavirus
HPV
PCR
Vaccine
STI
Genotypes