Diagnóstico de enfermagem recuperação cirúrgica retardada e as conformidades na antibioticoprofilaxia intraoperatória

Abstract

Este estudo objetiva analisar as conformidades da profilaxia antimicrobiana no intraoperatório de neurocirurgias e cirurgias ortopédicas, bem como caracterizar os principais indicadores clínicos do diagnóstico de enfermagem recuperação cirúrgica retardada tendo como fator relacionado a infecção de sítio cirúrgico, no Hospital Universitário Antônio Pedro. Estudo transversal descritivo, realizado a partir de dados secundários da CCIH e em prontuários de pacientes maiores ou igual a 18 anos, submetidos a procedimento cirúrgico e que tenham sido diagnosticados com infecção de sítio cirúrgico no ano de 2016. Para análise dos dados foram considerados os seguintes indicadores: profilaxia antimicrobiana em até 1 hora antes da incisão cirúrgica e a profilaxia antimicrobiana até 24 horas no pós-operatório, além das variáveis: antimicrobiano de escolha; dose iniciais e doses adicionais (repique) no intraoperatório, características e fatores clínicos do diagnóstico de recuperação cirúrgica retardada. Verificou-se que 100% receberam profilaxia antimicrobiana, em 50% das neurocirurgias e em 66% das cirurgias ortopédicas, a primeira dose não obedeceu ao tempo preconizado e em sua maioria, o antimicrobiano de escolha foi a Cefazolina. Em 100% dos casos houve adio ao retorno ao trabalho, o desconforto esteve presente em 87,5% dos pacientes de neurocirurgias e em 100% dos pacientes de procedimentos ortopédicos, a incapacidade de retornar ao emprego pode ser observada em 75% dos casos de neurocirurgias. Houve inadequação em 62,50% em neurocirurgias e em 50% das cirurgias ortopédicas quanto à duração da profilaxia. A taxa de infecção do sítio cirúrgico foi de 9,3% e 5,5 respectivamente. Apesar das diretrizes referirem cautela quanto à profilaxia antimicrobiana, o estudo mostrou inadequações que podem trazer prejuízos para a segurança dos pacientes