ESTRESSE TÉRMICO NA GESTAÇÃO: DESENVOLVIMENTO SOMÁTICO E ASPECTOS REPRODUTIVOS DA PROGÊNIE MASCULINA DE CAMUNDONGOS C57BL/6
Qualidade espermática
Mudanças climáticas
Peso ao nascimento
Estresse Térmico
Fertilidade
Gametogênese
Morfometria
Qualidade seminal
Desenvolvimento do feto
Gravidez
Birth weight
Climate changes
Spermatogenesis
Sperm quality
Bento, Tays Freitas Martins | Publicado en:
2021
Resumen
O estresse térmico (ET) afeta a eficiência reprodutiva de muitas espécies,
causando subfertilidade ao reduzir a gametogênese. Este estudo avaliou o efeito
do ET em diferentes estágios da gestação em camundongos C57BL/6, sobre o
desenvolvimento somático e os parâmetros reprodutivos da progênie masculina.
Após a confirmação do acasalamento (presença de tampão vaginal), as fêmeas
foram submetidas ao ET durante a gestação inicial (EGI - do 1º ao 10º dia),
gestação final (EGF - do 11º dia ao parto), gestação total (EGT) ou mantidas em
condições normotérmicas (CONT). O ET foi induzido em uma câmara ambiental
aquecida por duas lâmpadas vermelhas a 41 ºC e 65% de umidade relativa por
duas horas diárias. Fêmeas controle receberam protocolo hormonal de
superovulação com 5 UI de eCG e 5 UI de hCG por via intraperitoneal, e em
seguida foram acasaladas com a progênie masculina na relação 2:1. Após 72 h
foram coletados os epidídimos e os testículos dos machos para a avaliação
espermática e histologia dos túbulos seminíferos, respectivamente. Também foram
coletados os embriões produzidos in vivo com estes machos. Não houve diferença
(P > 0,05) na taxa de prenhez e no número de crias nascidas. No entanto, o peso
ao nascimento foi maior (P < 0,05) no CONT (2,2 ± 0,1 g) do que nos demais grupos
(EGI = 1,1 ± 0,2; EGF = 1,8 ± 0,1; EGT = 1,2 ± 0,1 g). O peso da progênie mantevese superior (P < 0,05) no CONT até a quarta semana e foi similar (P > 0,05) aos
demais grupos a partir da quinta semana. A qualidade espermática estimada pelos
parâmetros de concentração, motilidade espermática e porcentagem de
espermatozoides normais não diferiu (P > 0,05). O diâmetro dos túbulos
seminíferos foi menor (P < 0,03) no EGI (178,1 ± 41,9 µm) em comparação ao
CONT (199,2 ± 28,2 µm), não havendo diferença (P > 0,05) em EGT
(197,5 ± 27,9 µm) e EGF (204,0 ± 17,1 µm). Quanto à altura do epitélio seminífero,
não foram observadas diferenças (P > 0,05) entre os diferentes grupos e a
proporção volumétrica de compartimento tubular nos testículos foi
significativamente menor (P < 0,0001) no grupo EGT (71,7 ± 16,0%) em relação ao
CONT (89,9 ± 2,8%). O número de embriões produzidos do acasalamento entre
fêmeas controle e machos do EGI, EGF e EGT foi similar (P > 0,05) entre os grupos.
Conclui-se que o ET comprometeu o crescimento intrauterino, resultando em menor
peso ao nascimento nos grupos submetidos ao ET, alterou a morfometria dos
túbulos seminíferos, porém não afetou a qualidade espermática da progênie
masculina e a fertilização in vivo.
[Texto sem Formatação]
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Tipo de documento
DissertaçãoFuente
BENTO, Tays Freitas Martins.Estresse térmico na gestação: desenvolvimento somático e aspectos reprodutivos da progênie masculina de camundongos C57BL/6. 2021. 53 f. Dissertação (Mestrado em Ciências e Biotecnologia) – Programa de Pós-Graduação em Ciências e Biotecnologia, Instituto de Biologia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2021.Sujeta/Sujeto(s)
EspermatogêneseQualidade espermática
Mudanças climáticas
Peso ao nascimento
Estresse Térmico
Fertilidade
Gametogênese
Morfometria
Qualidade seminal
Desenvolvimento do feto
Gravidez
Birth weight
Climate changes
Spermatogenesis
Sperm quality