Ângulo de fase como biomarcador para estimar o risco de desenvolvimento de lesão por pressão: estudo transversal

Abstract

O surgimento de Lesão por pressão, em serviços da saúde, caracteriza-se como um indicador da qualidade do cuidado. Neste contexto destaca-se a Bioimpedância Elétrica com a medição do ângulo de fase, esse biomarcador pode indicar um pior, ou melhor, prognóstico de desenvolvimento da lesão por pressão ou um potencial risco para tal, instrumentalizando o enfermeiro de forma preventiva para o gerenciamento do cuidado ao paciente hospitalizado com risco de desenvolver lesão por pressão. Objetivo Geral: propor um algoritmo com padrões de referência do ângulo de fase para avaliar o risco de desenvolvimento de lesão por pressão em pacientes hospitalizados. Objetivos Específicos: mensurar os valores do ângulo de fase medido por bioimpedância elétrica em pacientes hospitalizados com patologias clínicas e cirúrgicas; Verificar a associação entre o marcador ângulo de fase e as variáveis intrínsecas para o risco de desenvolvimento de lesão por pressão em pacientes hospitalizados; Avaliar o poder preditivo do ângulo de fase para o risco de desenvolvimento de lesão por pressão em pacientes clínicos e cirúrgicos hospitalizados. Método: trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa, operacionalizada em 3 etapas: etapa 1 - Identificar o padrão ouro do Fundamentação Teórica; Etapa 2 - Pesquisa de Campo; Etapa 3 - Elaboração do Produto. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal Fluminense com o número do parecer: 3.651.333. Foi realizado análise de risco de viés e Grade das evidencias da revisão sistemática. A análise estatística realizada foi de Kruskal Wallis, análise de regressão logística, foi feita análise descritiva das variáveis quantitativas do banco de dados. O produto trata-se da elaboração de um algoritmo com padrões de referência para utilização do ângulo de fase por bioimpedância elétrica na avaliação do risco de lesão por pressão, em pacientes hospitalizados. Resultados: na Etapa 1 do estudo foram identificados pontos de corte para ângulo de fase de 3,8° e 3,18° para pacientes com lesão por pressão e 3,8° para sem lesão. Na etapa 2 obtivemos os valores de risco do Ângulo de fase analisando com os dados da etapa 1 e banco de dados obtivemos os seguintes valores: Menor igual a 2,32; risco moderado entre 2,33 e 3,4 e risco baixo maior 3,4. Conclusão: no presente estudo foi possível concluir a criação de uma inovação processual em forma de algoritmo elaborada com padrões de referência para utilização do ângulo de fase por bioimpedância elétrica na avaliação do risco de lesão por pressão.