Entre o universal e o acessível na zona portuária do Rio de Janeiro: estudo da acessibilidade na Praça Mauá

Abstract

Este trabalho trata fundamentalmente da questão da acessibilidade na Região da Zona Portuária do Rio de Janeiro, especificamente na Praça Mauá, em seus atrativos e entorno, após as obras de requalificação denominadas como Porto Maravilha. Foram definidos como objetos de análise o Museu de Arte do Rio, o Museu do Amanhã, a Praça Mauá e o Boulevard Olímpico. A Região sofreu ao longo dos anos, vários processos de intervenção, fazendo com que sua imagem fosse modificada diversas vezes e fazendo com que sua memória histórica e social fossem descobertas e rapidamente escondidas. As intervenções propiciaram uma ampliação na circulação de turistas e residentes, motivada pelos novos atrativos e pelo espaço de uso público renovado. A Região hoje recebe muitos turistas por ano e com o crescimento do número de pessoas com deficiência no mundo o número de visitas de pessoas com deficiência nestes lugares também cresceu. Nesse contexto, evidencia-se como objetivo geral a análise da acessibilidade na Praça Mauá por meio da análise de seus atrativos e espaços de uso público, antes e depois das obras do Porto Maravilha. Trata-se de uma pesquisa metodologicamente qualitativa e descritiva, com uso de literatura e pesquisa de campo, utilizando observação participante, preenchimento de um formulário de inspeção da acessibilidade do MTur, análise da acessibilidade com base nas normas ABNT NBR9050, entrevista com pessoas com deficiência. Sempre alicerçado por um referencial teórico na busca pelo entendimento de leis, normas e conceitos ligados à acessibilidade, ao turismo, e documentos que norteiam o projeto Porto Maravilha, além de estudos sobre a história, memória e hospitalidade. Os resultados indicam que as melhorias propiciaram um melhor acesso à localização, porém ainda faltam alguns elementos que propiciem a inclusão de pessoas com deficiência.