O gingar de uma preta pela academia: contar histórias e experiências

Abstract

Este estudo objetiva pensar um corpo melanizado a partir de sua própria realidade, tendo como mola propulsora sua permanência no espaço acadêmico, onde ele ginga/ dribla as práticas sociais de controle e de inferiorização. Discuto como surgem novos modos de subjetivação, mecanismos e condutas direcionados a determinados corpos pretos, atualizando a lógica racista e colonialista, na Casa Grande do Saber-Poder, tendo a cor da pele como um dos fatores determinantes para a seletividade racial. Ressalto como pontos principais deste trabalho: os desdobramentos da autoetnografia de uma preta em seu ato de pesquisar, bem como a implantação da política de ações afirmativas no Programa de Pós-graduação de Psicologia da UFF, em meio ao movimento de resistência e insurgência da Ocupação Preta contra a imposição da lógica eurocêntrica, presente ainda na academia.