Utilização de plantas medicinais como recurso terapêutico nos bairros Siderópolis e Santa Rita do Zarur no município de Volta Redonda/RJ

Abstract

O presente estudo teve como objetivo analisar os conhecimentos etnofarmacológicos sobre o uso de plantas medicinais nos perímetros urbano, Siderópolis, e periurbano, Santa Rita do Zarur, no município de Volta Redonda/RJ. A pesquisa abrange os meses de junho/ 2019 a fevereiro/ 2020. Os dados foram analisados por meio de questionários obtidos por entrevista, com a participação de 203 moradores nos dois perímetros analisados, as quais apresentaram 120 (59%) entrevistados que faziam o uso de plantas medicinais com propósito terapêutico. Neste estudo verificou-se as principais espécies medicinais, sob a análise da forma de obtenção das plantas, como as partes mais utilizadas, indicação do uso terapêutico e modo de preparo. Resultando na identificação de 42 espécies de plantas medicinais no perímetro urbano e 72 no perímetro periurbano, o qual apresentou maior diversidade na flora e adesão à fitoterapia. Entre as espécies mais citadas estão hortelã, capim limão, boldo, erva cidreira, camomila, guaco encontradas nos dois perímetros. As plantas medicinais citadas durante o trabalho estão inseridas em algumas famílias botânicas, portanto, o maior número de espécies está representado por Lamiaceae e Asteraceae. E entre as 15 plantas medicinais mais citadas pelos entrevistados, estão presentes na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUSRENISUS, 8 espécies vegetais em comum. De forma geral, é observado a concordância do conhecimento popular sobre os nomes das plantas a partir da identificação botânica das espécies analisadas. E as indicações terapêuticas mencionadas também estão de acordo com as normas legislativa brasileira. A principal forma de obtenção das plantas ocorre em cultivo próprio, a infusão foi a forma de preparo mais citada e a folha, a parte da planta mais utilizada na preparação das formas farmacêuticas. Conforme o estudo foi observado que as plantas medicinais indicam uma complementaridade da medicina moderna e a medicina popular. E a partir deste trabalho resultaram dados que podem ser desenvolvidos em trabalhos de Fitoterapia na Unidade Básica de Saúde.