Assédio moral como prática discriminatória contra a mulher: falta de competências comportamentais dos gestores

Abstract

Compreendemos que o assédio moral, quando se manifesta e é percebido pelas partes da organização, nem sempre recebe a real importância que merece. Geralmente é banalizado e até ignorado, e algumas vezes isso acontece por indiferença, por covardia ou até mesmo por desconhecimento da pessoa que passa por tal situação. Ao mesmo tempo, é preciso considerar que a divisão sexual do trabalho e as desigualdades de gênero podem acarretar uma maior incidência de assédio moral sobre as mulheres trabalhadoras. Cada vez mais os líderes precisam se comprometer com sua equipe e isso só é possível através dos relacionamentos. Os conflitos internos em uma organização às vezes são inevitáveis, pois resultam das diferenças entre as pessoas não só diferentes comportamentos mais principalmente de características, valores e crenças. Assim sendo, o objetivo principal do presente estudo foi identificar se a falta de competências comportamentais dos gestores se relaciona à incidência de assédio moral contra a mulher no trabalho. Para isso, esta pesquisa foi realizada em duas etapas: a primeira, referente a uma pesquisa bibliográfica, cujo objetivo é fornecer os elementos que fundamentam e sustentam o problema de pesquisa em questão; e a segunda, referente à pesquisa de campo, por meio de realização de entrevistas. O estudo permitiu concluir que o papel dos gestores é de extrema importância para o combate do assédio moral no ambiente de trabalho, uma vez que por meio de suas ações poderá intervir de modo efetivo na vida de vários indivíduos.