xmlui.metadata.dc.contributor.author | Silva Júnior, José Plácido da | |
xmlui.metadata.dc.date.accessioned | 2023-03-13T18:54:58Z | |
xmlui.metadata.dc.date.available | 2023-03-13T18:54:58Z | |
xmlui.metadata.dc.identifier.citation | SILVA JÚNIOR, José Plácido da. Quando os invisibilizados falam: lutas territoriais, violência institucionalizada e feita pelas mãos do poder privado nos conflitos por terra Brasil (1985-2017). 2019. 191 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Programa de Pós-Graduação em Geografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019. | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.identifier.uri | http://app.uff.br/riuff/handle/1/28192 | |
xmlui.metadata.dc.description.abstract | A sociedade brasileira é marcada pelos conflitos por terra. No entanto, grande partes dos que
interpretam a questão agrária brasileira não levaram em conta os envolvidos nos conflitos,
realizaram análises apriorísticas privilegiando o desenvolvimento do capitalismo.
Compreender a questão agrária brasileira e a violência contra quem luta pela terra/território e
pela reforma agrária a partir dos envolvidos nos conflitos por terra foi esforço feito nesta
pesquisa. As leituras dos chamados clássicos da questão agrária, como também de pensadores
brasileiros que dedicaram seus tempos a estudar a questão agrária brasileira são fundamentais
para compreender como o campo brasileiro foi pensado e analisado. O conceito de Conflitos,
espinha dorsal deste estudo, é fundamental para entender a questão agrária brasileira a partir
dos envolvidos nos conflitos. Os conflitos por terra no Brasil são as contradições concretas,
vividas no campo brasileiro. O caminho analítico onde o tempo e o espaço se encontram
mostrou-se eficaz. Para análise dos conflitos pela terra no Brasil utilizamos os dados dos
conflitos por terra do Centro de Documentação Dom Tomás Balduino da CPT. Foram 25.576
ocorrências de conflitos por terra nesses 33 anos estudado, 9.708 localidades com algum tipo
de conflito, envolvendo 2.429.761 famílias, do Norte ao Sul e de Leste ao Oeste do Brasil. O
fato é que, em média, todos os anos, 442 localidades têm conflitos, com 72.372 famílias
envolvidas e 775 ocorrências registradas. Reafirmamos aqui que o conflito é a expressão, a
parte visível e pública das contradições existentes entre grupos sociais e indivíduos, sendo,
portanto, os conflitos por terra a expressão das contradições das relações sociais e de poder no
campo brasileiro. Nos conflitos, não há apenas a negatividade (um grupo não é o outro ou um
grupo contra o outro), mas, sobretudo, seu caráter positivo, capaz de indicar o que de novo
surge destas relações conflituosas, o que um grupo subalternizado traz de novo ao vivenciar o
conflito. O conceito de (Re) existência também toma sua relevância, pois a luta pela
existência de povos e comunidades é a luta para garantir um jeito próprio de estar na terra,
uma forma própria de territorialidade. Por mais que os grupos e movimentos sociais do campo
tenham lutado para terem acesso à terra e para permanecerem nos territórios, o processo de
desterritorialização camponesa marcou os últimos 33 anos de luta pela terra no Brasil. O outro
processo em curso nos conflitos por terra é o de reterritorialização. Apesar de toda violência
sofrida, pelo poder do Estado e pelo poder Privado, os grupos e movimentos sociais do campo
insistem em viver e continuarem camponeses e povos originários. Pra quem acha que a
questão agrária brasileira está resolvida, recomenda-se olhar para os que estão pondo o
agrário brasileiro em questão. | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.language.iso | pt_BR | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.rights | Open Access | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.title | Quando os invisibilizados falam: lutas territoriais, violência institucionalizada e feita pelas mãos do poder privado nos conflitos por terra Brasil (1985-2017) | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.type | Tese | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.subject.keyword | Conflitos | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.subject.keyword | Questão Agrária | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.subject.keyword | Violência | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.subject.keyword | Movimentos Sociais | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.degree.level | Doutorado | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.subject.descriptor | Conflito pela terra | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.subject.descriptor | Territorialidade humana | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.subject.descriptor | Movimento social | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.subject.descriptor | Reforma agrária | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.subject.keywordother | Conflicts | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.subject.keywordother | Agrarian question | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.subject.keywordother | Violence | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.subject.keywordother | Social movements | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.description.abstractother | Brazilian society is marked by land conflicts. However, most of those who interpret the
Brazilian agrarian question did not consider those who are involved in the conflicts, they
carried out aprioristic analysis favoring the development of capitalism. Understanding the
Brazilian agrarian issues and the violence against those who fight for land/territory and for
agrarian reform from the perspective of the people involved in land conflicts was the aim of
this research. The readings of the so-called classics of the agrarian issues, as well as of
Brazilian thinkers who devoted their time to studying the Brazilian agrarian question, are
fundamental to understand how the Brazilian countryside was thought and analyzed. The
concept of conflicts, the backbone of this study, is fundamental to the understandingof
Brazilian agrarian issues from the point of view of those involved in the conflicts. The
conflicts over land in Brazil are the concrete contradictions experienced in the Brazilian
countryside. The analytical path where time and space meet has proved effective. To analyze
the conflicts over land in Brazil, we have used the data of the conflicts over the land of the
Documentation Center Dom Tomás Balduino, of the Pastoral Commission of Land (CPT).
There were 25.576 instances of land conflicts, during the period of 33 years researched; 9.708
places involved in some kind of conflict, as well as 2.429.761 families, from North to South
and from East to West of Brazil. In fact, every year, on average, 442 localities deal with
conflicts, a number of 72,372 families involved and 775 occurrences reported. We reaffirm
here that the conflict is the expression, the visible and public part of the contradictions
between social groups and individuals. Therefore, land conflicts are the expression of the
contradictions of social relations and power in the Brazilian countryside. In conflicts, there is
not only negativity (one group is not the other or one group against the other), but, above all,
there is a positive character, which would show the newness that arises from the conflicting
relations, the newness that would emerge from a subordinate group when experiencing the
conflict. The concept of (re) existence also takes its relevance, as the struggle for the existence
of people and communities means the struggle to guarantee a proper way of being in the land,
a proper form of territoriality. Although the social groups and movements of the countryside
had fought for their land and for remaining in their territories, the process of rural deterritorialization
has occurred for the last 33 years of struggle for land in Brazil. The other
process underway in land conflicts is that of re-territorialization. Despite all the violence
caused by the state power and private power, the rural groups and social movements insist on
living and remaining peasants, the same for the native peoples. For those who think the
Brazilian agrarian issue is resolved, it is recommended to look at people and communities that
are struggling for their land. | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.degree.grantor | Universidade Federal Fluminense | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.degree.department | Instituto de Geociências | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.degree.program | Programa de Pós-Graduação em Geografia | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.degree.date | 2019 | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.degree.local | Niterói, RJ | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.contributor.advisor1 | Porto-Gonçalves, Carlos Walter | |
xmlui.metadata.dc.contributor.referee1 | Cruz, Valter do Carmo | |
xmlui.metadata.dc.contributor.referee2 | Porto, José Renato Sant'Anna | |
xmlui.metadata.dc.contributor.referee3 | Carneiro, Leonardo de Oliveira | |
xmlui.metadata.dc.contributor.referee4 | Alentejano, Paulo Roberto Raposo | |
xmlui.metadata.dc.rights.license | CC-BY-SA | pt_BR |
xmlui.metadata.dc.description.physical | 191 p. | pt_BR |