ANÁLISE DO PERFIL METABÓLICO DE GESTAÇÕES COM OBESIDADE
Obesidade
Sangue fetal
Colesterol
Gravidez
Obesidade
Sangue fetal
Colesterol
Pregnancy
Obesity
Lipid profile
Umbilical cord blood
Resumo
Introdução: A obesidade é uma condição que se transformou em uma epidemia global. Os dados publicados em 2017 pelo Ministério da Saúde indicam que o excesso de peso cresceu 26,3% em dez anos, passando de 42,6% em 2006 para 53,8% em 2016. Já a obesidade cresceu 60% em dez anos de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016. A gravidez em mulheres acima do peso é uma condição de risco para o binômio materno-fetal. A busca por conhecimento voltado ao ambiente intra-útero de uma gestante obesa e os impactos que esse ambiente metabolicamente alterado tem na dinâmica fetal é de suma importância na obstetrícia atual. Métodos: Em estudo transversal foram avaliadas 35 gestantes obesas da Unidade Materno Fetal do Hospital Federal Servidores do Estado do Rio de Janeiro e 32 gestantes com índice de massa corporal normal da Maternidade Escola da UFRJ. No momento do parto foi coletado sangue materno e do cordão umbilical. As amostras foram enviadas para análise da glicemia, colesterol total e frações, triglicerídeos e insulina. Análise estatística: A amostra foi por conveniência. A análise inferencial foi composta Teste t-student, Wilcoxon e Exato de Fisher para os dados numéricos quando comparados em grupos definidos por variáveis categóricas, de acordo com a característica dos dados. Resultados: O grupo de gestantes obesas apresentou CT menor que o controle (CT: média de 220,0 ± 42 vs 238,5 ± 47,9; p 0,01) bem como o HDL e LDL (HDL: média de 55,3 ± 17,6 vs 68,0 ± 23,9; p 0,005; LDL: média 124,3 ± 36,5 vs 139,5 ± 23,9; p 0,04). A insulina no sangue materno das obesas foi maior que no grupo controle (insulina: média de 15,2 ± 10,6 vs 9,8 ± 5,4; p 0,01). No
sangue de cordão de fetos de mães obesas a glicemia foi mais baixa que no grupo controle (glicose: média de 48,8 ± 34,7 vs 57,9 ± 12,5; p 0,002) bem como os TG (TG: média de 26,2 ± 25,4 vs 34,6 ± 12,3; p <0,001). O peso dos recém-nascidos de mães obesas foi maior que o observado no grupo controle (3518 ± 438 vs 3251 ± 344 g; p 0,01). Conclusão: Nossos resultados podem sugerir um perfil metabólico fetal relacionado com a obesidade sobretudo no que diz respeito aos triglicerídeos e uma possível correlação com crescimento fetal.
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Tipo de documento
TeseFonte
MOCARZEL, Carolina Carvalho. Análise do perfil metabólico de gestações com obesidade. 2020. 63 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) - Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Faculdade de Medicina, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2020.Assunto(s)
GravidezObesidade
Sangue fetal
Colesterol
Gravidez
Obesidade
Sangue fetal
Colesterol
Pregnancy
Obesity
Lipid profile
Umbilical cord blood