JORGE AMADO E A IDENTIDADE NACIONAL: DIÁLOGOS POLÍTICO-CULTURAIS
Abstract
A presente análise se debruça sobre a memória coletiva que identifica o romancista
Jorge Amado como ícone ou intérprete de uma brasilidade popular e mestiça. O estudo põe
em relevo os processos de sacralização desta memória no imaginário social e a participação
do intelectual em diálogos político-culturais em torno da identidade nacional. Objetiva-se
mostrar que apesar da consagração de certos discursos narrativos, a trajetória e a produção
literária de Amado foram objeto de múltiplas apropriações. Neste sentido, o trabalho chama
atenção para a necessidade de se evitar atribuir um sentido definitivo ou monolítico ao
conjunto da obra, a um romance em particular ou à trajetória do autor. Assim, lança um
convite ou desafio para que o ser humano complexo que está por trás do herói e do mito Jorge
Amado, seja percebido e compreendido em seus contextos específicos de produção e atuação
como artista e intelectual de seu tempo.
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