PRODUÇÃO DO ESPAÇO E CULTIVO COMERCIAL DE EUCALIPTO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Desenvolvimento Desigual
Cultivo de Eucalipto
Noroeste Fluminense
Médio Paraíba
Território
Floresta
Cultivo de eucalipto
Agronegócio
Space Production
Unequal Development
Cultivation of Eucalyptus
Northwest Fluminense
Medium Paraíba
Abstract
O estado do Rio de Janeiro foi, nos últimos anos, o espaço preferencial de instalação de vários projetos de desenvolvimento capitalista que tem transformado o território fluminense. No que tange ao espaço agrário, nos últimos dezesseis anos (2001-2017), o estado do Rio de Janeiro vem sendo palco da tentativa de expansão do plantio comercial de eucalipto (Pedlowski & Foeger 2004; Alentejano & Porto-Gonçalves, 2007; Silva, 2011; AGB, 2012 e Duarte, 2012), incentivado em grande parte pelas empresas do setor de papel e celulose, siderúrgicas e outras demandantes regionais de madeira. O discurso pró empresarial do governo estadual na gestão de Sérgio Cabral - Pezão (2003-2017), associado aos interesses de instituições como a FIRJAN, possibilitou por um tempo, um forte alinhamento ao contexto de expansão geográfica (Harvey, 2006) do agronegócio da madeira, incorporando o setor a uma agenda política de "desenvolvimento", considerado até então como estratégico para o governo do estado do Rio de Janeiro. Com isso, o projeto da silvicultura comercial, assim como os grandes projetos industriais que foram desenvolvidos no território fluminense na última década, foram apoiados, segundo o governo do estado, numa lógica capitalista de “interiorização dos investimentos”, que visava a promover o "desenvolvimento" (capitalista) regional do estado (Seplag, 2011), muito marcado por um desenvolvimento desigual (Smith, 1988). Apesar da aliança entre Estado, agronegócio e grandes grupos empresariais que visavam a promover a silvicultura comercial no Rio de Janeiro, houve ao longo desses anos avanços e recuos, promovidos ora por questões políticas ora por questões econômicas. O objetivo do presente trabalho foi discutir as formas/conteúdo de apropriação e produção do espaço (Smith, 1988; Harvey 2006) agrário fluminense a partir do cultivo comercial de eucalipto. Neste sentido, buscamos nesta tese de doutoramento dedicar uma atenção especial ao processo de reorganização espacial (Harvey, 2006) do rural nas regiões Médio Paraíba e Noroeste Fluminense com a introdução da silvicultura comercial. Para tanto, buscamos analisar os avanços e recuos políticos, institucionais e territoriais da silvicultura comercial a partir dos principais agentes sociais envolvidos na produção do espaço. Com isso, foi possível constatar em nossa pesquisa que houve avanços nos marcos regulatórios que visavam a facilitar o desenvolvimento do cultivo de eucalipto em larga escala no estado do Rio de Janeiro. No entanto, se o objetivo inicial era promover o espaço agrário fluminense, como um ambiente com "vocação natural" para a implantação e desenvolvimento em larga escala do cultivo comercial de eucalipto, seus agentes (Estado-agronegócio-grupos empresariais) encontraram dificuldades que inviabilizaram ao longo do espaço e do tempo a realização plena de seus objetivos
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Document type
TeseSource
SILVA, Thiago Lucas Alves da. Produção do espaço e cultivo comercial de eucalipto no Estado do Rio de Janeiro. 2017. 240 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Programa de Pós-Graduação em Geografia, Instituto de Geociências, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2017.Subject(s)
Produção do EspaçoDesenvolvimento Desigual
Cultivo de Eucalipto
Noroeste Fluminense
Médio Paraíba
Território
Floresta
Cultivo de eucalipto
Agronegócio
Space Production
Unequal Development
Cultivation of Eucalyptus
Northwest Fluminense
Medium Paraíba