"O céu que nos conecta" e "o céu dos povos originários", diálogos entre duas exposições e um grupo de futuros docentes sobre a formação cultural

Abstract

A cultura tem papel constitutivo na sociedade atuando sobre os modos de ver, pensar e agir dos indivíduos. E a educação, institucional ou não, se insere na cultura pelo caráter discursivo de suas práticas. Reconhecendo os fortes vínculos entre educação e cultura, é pertinente discutir a relevância das experiências estéticas e culturais ao longo da vida para a subjetivação, para a formação de professores e para as práticas docentes. Este trabalho pretendeu apresentar para uma turma de Licenciatura em Pedagogia de uma universidade pública, uma exposição virtual destinada ao público infantil, afim de problematizar o potencial educativo dos espaços não formais de educação. Entre eles os museus, importante espaço de formação cultural de professores. Para realizar a pesquisa, duas exposições virtuais foram estudadas, assim como narrativas de estudantes a respeito de experiências museais ao longo da vida. Ao discutir as exposições e as experiências narradas, o trabalho aponta o museu como um lugar relevante para a formação dos visitantes, ressaltando-o também como um lugar para a infância. Além disso, posiciona os espaços formais de educação como locais potentes para a experiência estética e ressignificação das experiências culturais. Como outra forma de contribuição, adensa considerações sobre exposições virtuais e sua relevância durante a pandemia de COVID-19.