A IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA NO DIAGNÓSTICO DAS DOENÇAS AUTOIMUNES: UMA REVISÃO DE ESCOPO
Células hep-2
Doenças autoimunes
Revisão de escopo
Técnica indireta de fluorescência para anticorpo
Células hep G2
Doenças autoimunes
Indirect immunofluorescence
Hep-2 cells
Autoimmune diseases
Scope review
Abstract
O sistema imune é responsável por detectar e responder estímulos potencialmente perigosos, de forma a tentar proteger o hospedeiro contra os efeitos
prejudiciais da presença de microrganismos, células malignas e lesões. Ele possui a capacidade de diferenciar aquilo que é próprio, daquilo proveniente de um possível invasor por meio do sistema de autotolerância imunológica. Quando há quebra de um ou mais mecanismos de tolerância, o sistema imune passa a reagir aos antígenos próprios, gerando danos às células e tecidos saudáveis do hospedeiro, fenômeno conhecido como autoimunidade. A autoimunidade pode desencadear doenças autoimunes, enfermidades ainda pouco compreendidas e sem cura, que estão aumentando em prevalência em todo mundo. Para auxiliar no diagnóstico das doenças autoimunes são utilizados imunoensaios, cujo objetivo é identificar nos pacientes marcadores séricos destas doenças, principalmente autoanticorpos. Para a pesquisa destes anticorpos contra antígenos celulares, historicamente utiliza-se a imunofluorescência indireta em células HEp-2, técnica padrão-ouro que permite a visualização dos compartimentos celulares onde os autoanticorpos se ligam e a titulação dos seus níveis. Além deste, há possíveis outros substratos para o desenvolvimento do teste. O objetivo deste trabalho foi descrever e discutir a importância da imunofluorescência indireta para o diagnóstico e triagem de doenças autoimunes. Para isso, foi desenvolvida uma revisão sistematizada de escopo. Foram incluídos 96 artigos, cujos resultados foram organizados em sete tópicos: I) tópico relacionado às atualizações dos consensos (nacional e internacional) no diagnóstico de doenças autoimunes; II) tópico sobre os resultados de FAN e suas contribuições ao diagnóstico; III) abordagem sobre a variabilidade e reprodutibilidade da IFI em células HEp-2 para o diagnóstico de doenças autoimunes; IV) tópico sobre outros substratos não HEp-2; V) tópico sobre estudos de recursos para melhorar o desempenho da IFI; VI) comparação entre IFI com outras técnicas utilizadas para triagem e diagnóstico de doenças autoimunes; VII) abordagem sobre o aumento da prevalência de autoanticorpos nos últimos anos e possíveis influências ambientais. Foi observado que a imunofluorescência indireta ainda é amplamente utilizada e seus resultados fornecem diversas informações sobre doenças autoimunes, doenças não autoimunes e também sobre saúde. Esta técnica vem sendo extremamente estudada para haver adição de recursos para que cada vez mais melhore o seu desempenho no laboratório clínico. Por fim, pode-se concluir que esta metodologia possui vantagens e desvantagens, vem passando por aprimoramento, é utilizada para caracterização de doenças e diagnóstico diferencial, e portanto é de extrema importância, ainda hoje, para a triagem e diagnóstico de doenças autoimunes.
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Document type
Trabalho de conclusão de cursoSource
COSTA, Ana Gabriela Alves. A imunofluorescência indireta no diagnóstico das doenças autoimunes: uma revisão de escopo. 2023. 71 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina) - Instituto Biomédico, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2023.Subject(s)
Imunofluorescência indiretaCélulas hep-2
Doenças autoimunes
Revisão de escopo
Técnica indireta de fluorescência para anticorpo
Células hep G2
Doenças autoimunes
Indirect immunofluorescence
Hep-2 cells
Autoimmune diseases
Scope review