Jornalismo de Games, Estética e Lúdico: propostas de experiência estética para o Jogador-jornalista a partir da EDGE Brasil

Abstract

O presente trabalho recupera a publicação integral da revista de jornalismo de games EDGE Brasil com a finalidade de apontar práticas alternativas à tradicional na editoria, como forma de explorar horizontes para um cenário de crise de credibilidade e engessamento editorial. Para tanto, ele articula conhecimento acadêmico e produção profissional, a partir do diálogo entre o conceito de Experiência Estética, provindo da filosofia, e das propostas do movimento dos anos 2000 conhecido como New Games Journalism. O jornalista britânico Kieron Gillen (2004) cunhou o termo para tratar de artigos que recusassem o que definiu como “tradição analítica”, uma tendência por focar nos elementos constitutivos do jogo e em um valor mercadológico. No lugar, ele defende que o valor do jogo repousa no jogador, estimula a reflexão crítica sobre a cultura do videogame e um tom subjetivo e confessional, com inspiração no Jornalismo Novo. Portanto, este trabalho pondera sobre a identidade dos profissionais como uma intercessão entre jornalistas e jogadores, a influência do conceito sobre a história da editoria e o contexto brasileiro segundo a ótica do game studies. Assim, encontra a fundamentação teórica para analisar a reconhecida revista EDGE Brasil e indicar novas práticas ao jornalismo de games atual a partir do seu período de atividade (junho de 2009-novembro de 2010).