BRONCOSCOPIA PEDIÁTRICA: EXPERIÊNCIA DE 20 ANOS DE UM HOSPITAL MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
Broncofibroscopia
Crianças
Pediátrica
Complicações
Broncoscopia
Sistema Respiratório
Pediatria
Criança
Doenças Respiratórias
Vias aéreas superiores
Bronchoscopy
Bronchofibroscopy
Children
Pediatric
Complications
Abstract
Introdução: O broncofibroscópio para uso pediátrico surgiu na década de 1970, sendo feita a
primeira descrição da avaliação das vias aéreas pediátricas através da broncoscopia flexível em
1978. Com o passar dos anos, houve grande aprimoramento tecnológico, o que possibilitou o
desenvolvimento de aparelhos cada vez menores, com melhor qualidade de imagem o que,
somado ao aprimoramento das técnicas anestésicas, muito ajudou na disseminação da
broncoscopia em pediatria, exame com papel importante no manejo de doenças do aparelho
respiratório. Objetivos: Descrever a experiência de 20 anos de um serviço de broncoscopia
pediátrica, destacando aspectos clínicos e demográficos, indicações, achados endoscópicos e
ocorrência de complicações graves. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo,
das broncoscopias realizadas no período de 2000 a 2019, em um hospital pediátrico - RJ, em
pacientes, de 0 a 18 anos. Foram avaliadas as seguintes variáveis, extraídas de livro de registro
e planilha excel: faixa etária, sexo, unidade de saúde de origem, localização da criança, exame
realizado – flexível e/ou rígido, material colhido, indicação e diagnóstico obtido através do
exame endoscópico e ocorrência de complicações. Resultados: Foram realizadas 1.372
broncoscopias, sendo 796 (58%) meninos e 676 (49%) lactentes, seguido de 286 (21%) pré-
escolares, 241 (18%) escolares, 122 (9%) adolescentes e 41 (3%) recém-nascidos. A
broncoscopia flexível foi a técnica utilizada em 941 exames (69%). Estridor foi a indicação em
315 broncoscopias (21%), seguida de investigação de imagens radiológicas (17%), revisão de
traqueostomia (11%) e complicações de intubação traqueal (10%), cuja incidência variou nas
faixas etárias estudadas. A laringomalácia foi observada em 225 (68%) dos casos de estridor e,
inflamação (65- 52%) e plugs de secreção (34- 27%) nos casos de atelectasia. A estenose
subglótica foi o diagnóstico endoscópico em 71 (45%) dos exames realizados por complicações
de intubação traqueal. Granuloma e malácia supra-ostial ocorreram, respectivamente, em 35%
e 20% das crianças traqueostomizadas. A frequência de complicações maiores foi de 0,22%;
não houve óbitos. Conclusões: A laringomalácia foi o principal diagnóstico nos casos de
estridor. A estenose subglótica foi frequente nos casos em que foi necessário intubação traqueal.
A alta frequência de complicações supra-ostiais em crianças traqueostomizadas reforça a
necessidade de avaliação endoscópica prévia à decanulação. A broncoscopia mostrou-se um
método seguro na população pediátrica.
[Texto sem Formatação]
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Document type
DissertaçãoSource
ARANTES, Adriana Alvares. Broncoscopia Pediátrica: experiência de 20 anos de um hospital municipal do Rio de Janeiro. 2023. 82 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Saúde Materna-Infantil) - Programa de Pós-Graduação em Saúde Materno-Infantil, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2023.Subject(s)
BroncoscopiaBroncofibroscopia
Crianças
Pediátrica
Complicações
Broncoscopia
Sistema Respiratório
Pediatria
Criança
Doenças Respiratórias
Vias aéreas superiores
Bronchoscopy
Bronchofibroscopy
Children
Pediatric
Complications