GOVERNANÇA CRIMINAL E NARCOTRÁFICO: CENÁRIOS REGIONAIS DE [IN]SEGURANÇA E DEMOCRACIA NA AMÉRICA LATINA
Abstract
Identificado pela venda de substâncias ilícitas, e uma série de conflitos sociopolíticos dinamizados pela criminalização da produção e do consumo de drogas, o narcotráfico, e atual cenário regional de segurança latino-americano, que atrela a política sanitarista de controle às drogas ao combate a violência e ao crime organizado e o foco de nossas análises. Consequência, de contrariedades e conflitos distributivos, que constatam os efeitos do proibicionismo através de uma análise complexa e crítica das intersecções entre racismo estrutural e poder político, a hipótese trabalhada e que ao promover guerra às drogas o Estado não tem como objetivo combater o tráfico, e sim o traficante. Entende se que a irracionalidade do proibicionismo aliada a políticas de contenção social praticadas pelo Estado com a “guerra às drogas”, além de fortalecer a criminalização de jovens pobres, é compassiva e conivente com a origem das novas formas de controle pela violência. Ao desmistificar o narcotráfico apenas como atividade criminosa, considerando-o, atividade lucrativa ilícita, entendemos que as abordagens convencionais, centradas na violência e repressão, são insuficientes e, em muitos casos, contraproducentes. A guerra às drogas não pode ser dissociada da complexa trama que envolve a formação política na América Latina. Neste contexto, o “realismo periférico”, conceito originalmente aplicado à política externa argentina, é utilizado para analisar as implicações securitárias dessa guerra, evidenciando a necessidade de uma abordagem crítica através da reconfiguração das políticas públicas.
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