Abstract
Este trabalho tem como objetivo compreender a relevância dos vínculos afetivos no processo de ensino-aprendizagem desde a educação infantil, enfatizando a importância de uma abordagem sensível e atenta por parte do educador. Este tema mostra-se relevante nos estudos do desenvolvimento e aprendizagem das crianças e também para a área da educação e formação de educadores. A pesquisa traz experiências e vivências de crianças em escolas de educação infantil e iniciou com a narrativa de minha trajetória pessoal e acadêmica, que desencadeou o interesse por investigar as relações afetivas construídas nas interações entre crianças e adultos no cenário escolar. A investigação dialoga com teorias e autores da Psicologia e da Educação, tais como Henri Wallon e Lev Vygotsky, e também com as experiências vivenciadas durante os estágios curriculares do curso de Licenciatura em Pedagogia. Esta monografia caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica, alicerçada nas contribuições teóricas de autores, que contribuem para a temática, além de ser uma pesquisa-formação, uma vez que essa metodologia articula o desenvolvimento pessoal e profissional com a produção de conhecimento, valorizando o protagonismo do indivíduo. O trabalho também adota uma abordagem narrativa, na medida em que destaca exemplos de histórias de vida e formação acadêmica pessoal e subjetiva.
Foi possível identificar que a relação entre professor e estudante deve ser baseada no respeito mútuo, configurando-se também como uma expressão de afeto, indispensável para um ambiente educativo saudável e acolhedor.
[Texto sem Formatação]
Source
ABRAHÃO, Maria Helena Menna Barreto. Memórias, narrativas e pesquisa autobiográfica. In:
História da Educação (ASPHE). Pelotas, RS: Editora da UFPel.v.14, n1, p.79-95, 2003.
ALVES, Ângela dos Santos Sousa Alves. AMORIM, Verônica Cristina P. . BARROS, Renata
Cristina da Conceição. A relevancia da afetividade na educação infantil. In: COSTA, Hérika.
PINHEIRO, Anderson. Educação Socioemocional: desafios e práticas pedagógicas. Itapiranga:
Schereiben, 2022.
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Tradução de Dora Flaksman. 2. ed., Rio
de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1981.
BARBOSA, Maria Carmen Silveira. RICHTER, Sandra Regina Simonis. Campos de
Experiência: uma possibilidade para interrogar o currículo. FINCO, Daniela. BARBOSA, Maria
Carmen Silveira. GOULART, Ana Lucia de Faria (orgs). Campos de experiencias na escola da
infância: contribuições italianas para inventar um currículo de educação infantil brasileiro.
Campinas, SP: Edições Leitura Crítica, 2015. p. 185-198.
BOCK, Ana Mercês Bahia et al. Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo:
Saraiva, 2001.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a base. Brasília,
DF: MEC, 2016.
BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. LDB - Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996.
CUNHA, Mayara Marmelo da. Experiências pessoais e profissionais com a timidez: Reflexões
para a formação docente. 2022. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal
Fluminense, Rio de Janeiro, 2022.
FONTOURA, H. A. da. Meu nome é professor/a: sobre aprender a docência e identidades.
Revista de Educação Pública, [S. l.], v. 28, n. 68, p. 297–310, 2019.
JOSSO, M. C. A transformação de si a partir da narração de histórias de vida. Educação,Porto
Alegre,v. 63, n. 3, p. 413-438, set./dez. 2007.
MAHONEY, Abigail Alvarenga; ALMEIDA, Laurinda Ramalho de. Afetividade e processo
ensino-aprendizagem: contribuições de Henri Wallon. Psicologia da educação, São Paulo , n. 20,
p. 11-30, jun. 2005 .
MELLO, T.; RUBIO, J. A. S. A importância da afetividade na relação professor/aluno no processo
de ensino/aprendizagem na educação infantil, 2012.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais
para a educação infantil. Brasília: MEC, SEB, 2010.
NOVAIS, Elaine Lopes. É possível ter autoridade em sala de aula sem ser autoritário?. in
Linguagem & Ensino, Vol. 7, No. 1, 2004 (15-51).
OSTETTO, Luciana Esmeralda. Registros na educação infantil: pesquisa e prática pedagógica.
Campinas: Papirus, 2017. OLIVEIRA, Marta Kohl; REGO, Teresa Cristina. Vygotsky e as complexas relações entre
cognição e afeto. In: ARANTES, Valéria Amorim. (Org.) Afetividade na escola: alternativas
teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 2003.
OLIVEIRA, M K. Pensamento de vygotsky como fonte de reflexão sobre educação. Cadernos
Cedes, n. 35, 1995
PRADO, G.V.T.; SOLIGO, R. Memorial de Formação: quando as memórias narram as
histórias de formação... In: ______; ______. (orgs.). Porque escrever é fazer história. Campinas:
Editora Alínea, 2007.
REGO, Teresa Cristina Vygotsky : uma perspectiva histórico-cultural da educação I Petrópolis, RJ:
Vozes, 1995.
SILVA, João Alberto da. O sujeito psicológico e o tempo de aprendizagem. Cadernos de Educação
| FaE/PPGE/UFPel | Pelotas [32]: 229 - 250, janeiro/abril 2009
TASSONI, Elvira Cristina Martins. Afetividade e Aprendizagem: a relação professor-aluno.
Campinas, 2000. Dissertação (Mestrado) – UNICAMP, Campinas, 2000.
WALLON, Henri. História da Pedagogia. vol 3. In: Revista Educação, São Paulo: Editora
Segmento, 2010.