SOU BRASILEIRO, MAS JÁ DESISTI FAZ TEMPO: UM OLHAR COGNITIVISTA SOBRE TWEETS HUMORÍSTICOS CONTRAFACTUAIS
Integração conceitual
Humor
Redes sociais
Memes
Rede social
Meme
Humor (Psicologia)
Counterfactuality
Blending
Humor
Social networks
Memes
Abstract
Com a popularização da internet e, especialmente, dos sites de redes sociais, pessoas começaram a fazer de
seus perfis uma espécie de diário virtual onde registravam não apenas fragmentos de sua rotina, mas suas
opiniões, reflexões sobre um tema etc. Por tratar-se de uma escrita compartilhada, o desejo de visibilidade
passou a desempenhar papel fundamental nesse processo, sendo o humor uma das muitas estratégias
utilizadas para aumentar e assegurar a "audiência" desses perfis. Entre as diversas publicações de caráter
humorístico presentes na internet, um tipo específico nos tem chamado a atenção: o meme do jovem
desorientado e sem perspectiva, que ri de sua própria desgraça. Para obter esse efeito, são utilizados diversos
recursos, tais como a presença de imagens, incorreções na grafia, alterações sintáticas, polissemia,
ambiguidade, ironia, trocadilhos, frame-shifting e contrafactualidade. Quanto a este último, objeto de nosso
trabalho, trata-se de uma forma de raciocínio que estabelece uma situação imaginária, contrária aos fatos,
a partir da qual é possível tomar decisões, construir conhecimento de diferentes naturezas (inclusive
científico), fazer humor etc. (FAUCONNIER e TURNER, 2002). E muito embora a contrafactualidade
seja, via de regra, representada por orações condicionais, ela não se restringe a relações de causa e efeito,
mas envolve diversos aspectos da compreensão, do raciocínio, da decisão e do julgamento, estando
amplamente presente na linguagem cotidiana (FAUCONNIER e TURNER, 1998; 2002). Assim sendo, esta
tese busca analisar construções contrafactuais não canônicas presentes em tweets humorísticos veiculados
entre os meses de outubro e novembro de 2018 na página "Ajudar o povo de humanas a fazer miçanga",
que, apesar de se tratar de uma página do Facebook, tem por costume publicar conteúdos de outras redes
sociais. A fim de levar a cabo esta análise, nos utilizaremos, sobretudo, da Teoria dos Espaços Mentais
(FAUCONNIER, 1994; 1997) e da Integração Conceitual (FAUCONNIER e TURNER, 2002) bem como
de conceitos oriundos de estudos na área da cognição, tais como a metáfora da pessoa dividida (LAKOFF,
1993; 1996), frame (FILLMORE, 1982), frame-shifting (COULSON, 2001) e ponto de vista
(DANCYGIER e SWEETSER, 2012).
[Texto sem Formatação]
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Document type
TeseSource
TARANTO, Thayssa de Abreu. Sou brasileiro, mas já desisti faz tempo: um olhar cognitivista sobre tweets humorísticos contrafactuais. 2019. 142 f. Tese (Doutorado em Estudos de Linguagem) - Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem, Instituto de Letras, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019.Subject(s)
ContrafactualidadeIntegração conceitual
Humor
Redes sociais
Memes
Rede social
Meme
Humor (Psicologia)
Counterfactuality
Blending
Humor
Social networks
Memes