HIDROGEOQUÍMICA DOS AQUÍFEROS DA BACIA SEDIMENTAR DO MACACU – ITABORAÍ, RJ
Caracterização hidrogeoquímica
Isótopos estáveis
Contaminação
Hidrogeoquímica
Água subterrânea
Isótopo estável
Aquífero
Bacia do Macacu (RJ)
Itaboraí (RJ)
Produção intelectual
Groundwater
Hydrogeochemistry characterization
Stable isotopes
Contamination
Gomes, Olga Venimar de Oliveira | Posted on:
2012
Abstract
A Bacia Sedimentar do Macacu, localizada a nordeste da Baía da Guanabara,
compreende uma das 3 bacias emersas alongadas de reduzida espessura sedimentar existentes
no estado do Rio de Janeiro e a única inserida na Região Metropolitana do Rio de Janeiro
(RMRJ). A bacia é formada por sedimentos de origens aluvionares, lacustrinas e marinhas de
idades terciárias e quaternárias que podem ultrapassar 200 metros de espessura. Os principais
argilominerais verificados nos sedimentos dessa região foram a caulinita, ilita e ilita-esmectita
formados a partir do intemperismo e erosão das rochas do embasamento constituído por
gnaisses-biotíticos e rochas alcalinas do Complexo Alcalino do Tanguá. Os argilominerais,
micas e feldspatos depositados na Bacia do Macacu têm papel fundamental para a composição
físico-química das águas subterrâneas que percolam por 3 unidades hidroestratigráficas
sedimentares; Sistema Aquífero Macacu, Sistema Aquífero Aluvial-lacustrino e Sistema
Fluvial-marinho. Com intuito de realizar caracterização hidrogeoquímica dessas unidades
aquíferas, entre agosto/2009 e agosto/2010 foram realizadas campanhas de amostragens,
medidas físico-químicas e análises químicas da água subterrânea, a partir de cinco poços de
monitoramento multiníveis instalados ao longo da Bacia do Macacu. Foram determinadas as
concentrações dissolvidas dos íons maiores Na+, K+, Mg+2, Ca+2, Cl-, SO4
-2, HCO3
- e dos
constituintes secundários Al, Ag, Cd, Co, Cr, Cu, Mo, Ni, Pb, Zn, Fe, Mn, Ba, As, B, F,
Sulfetos, SiO2, N-NH4, N-NO2, N-NO3 e P-PO4.Os tipos hidroquímicos identificados nas
águas subterrâneas foram: água bicarbonatada-cálcica e sódica integrantes do sistema aquífero
Macacu, para o aquífero Aluvial-lacustrino foram caracterizados os tipos bicarbonatadasódica,
cloretada-cálcica e cloretada-sódica e, para o sistema Fluvial-marinho a água
caracterizada foi do tipo cloretada-sódica. Apesar das conexões hidráulicas entre esses
sistemas aquíferos e da distribuição dos sedimentos numa área restrita, já que a Bacia
Sedimentar do Macacu possui uma área de 375 km2, suas águas possuem salinidades distintas
que refletem comportamentos geoquímicos diversificados discutidos ao logo deste estudo. As
origens das salinidades das águas foram analisadas a partir de dados hidrodinâmicos, razão
rCl/Br associadas as concentrações de cloreto e razões isotópicas (18O e 2H). A maior
salinidade foi encontrada no sistema aquífero Fluvial-marinho e reflete a influência de cunha
salina, já a salinidade do aquífero Aluvial-lacustrino estaria associada à lixiviação de sais de
sedimentos terciários de origem lacustre e a baixa salinidade do sistema aquífero Macacu
estaria relacionada diretamente à lixiviação dos íons das rochas do embasamento e de sedimentos sobrejacentes. Quanto à contaminação, foram encontradas concentrações acima
dos padrões de referência para ao menos uma amostra de água subterrânea em relação aos
seguintes constituintes secundários: Cd, Mo, As, B, Fe, Mn, N-NO2, Pb, F, Ba e Sulfetos.
Dois desses constituintes foram intensamente analisados em função de suas reconhecidas
ocorrências no material geológico da região, sendo eles o bário e o fluoreto. Constatou-se que
as concentrações dissolvidas de bário foram maiores em aquíferos mais rasos e para o
fluoreto, suas maiores concentrações foram encontradas nos aquíferos mais profundos.
Observou-se inclusive que as maiores concentrações de bário estão subordinadas diretamente
a ambientes mais reduzidos. O sulfeto verificado em altas concentrações nas águas
subterrâneas se oxida para sulfato e se liga com o bário liberado das argilas formando a barita
presente nas águas subterrâneas. Este estudo aponta fontes naturais e antropogênicas para os
contaminantes dissolvidos identificados na Bacia do Macacu e, apesar de não ter sido
realizado nenhum estudo de análise de risco, estima-se que o consumo dessas águas sem o
devido tratamento possa acarretar danos à saúde humana.
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Água subterrâneaCaracterização hidrogeoquímica
Isótopos estáveis
Contaminação
Hidrogeoquímica
Água subterrânea
Isótopo estável
Aquífero
Bacia do Macacu (RJ)
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