DIAGNÓSTICO DE OBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS UTILIZANDO-SE O 5º PERCENTIL DO LIMITE INFERIOR DE NORMALIDADE E O MÉTODO DE PERCENTUAIS FIXOS
Obstrução das vias respiratórias
Asma
Criança
Adolescente
Diretrizes
Asma
Espirometria
Obstrução das vias respiratórias
Adolescente
Criança
Diretriz
Spirometry
Airway obstruction
Asthma
Child
Adolescent
Guidelines
Leão, Mariana Stoll | Posted on:
2018
Abstract
Introdução: A diminuição na relação VEF1/CV (volume expiratório forçado no 1º segundo/capacidade vital) ou VEF1/CVF (volume expiratório forçado no 1º segundo/capacidade vital forçada) permanece como critério universalmente aceito para diagnóstico de obstrução das vias aéreas. Entretanto, dentre as diretrizes e consensos, não há concordância sobre o ponto de corte que define obstrução. A American Thoracic Society/European Respiratory Society Task Force (ATS/ERS) caracteriza o distúrbio ventilatório obstrutivo (DVO) como uma redução na razão abaixo do 5º percentil do limite inferior da normalidade (LIN), mas o Global Initiative for Asthma (GINA) e as Diretrizes para Testes de Função Pulmonar da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) continuam a usar reduções baseadas nos critérios de percentuais fixos. Objetivo: Avaliar os pontos de corte utilizados para interpretação de obstrução pulmonar de crianças e adolescentes, utilizando os resultados espirométricos, segundo os consensos: ATS/ERS, SBPT e GINA. Métodos: Estudo transversal e analítico, de espirometrias realizadas em crianças e adolescentes (7- 18 anos), no setor de Prova de Função Respiratória de hospital terciário, de novembro de 2016 a novembro de 2017. Distribuídos em dois grupos (<12 e ≥ 12 anos), os exames foram classificados como prova de função normal (PFN) ou como DVO, de acordo com os critérios estabelecidos por cada consenso. Foi analisada a proporção de resultados com DVO e a concordância entre os métodos, tanto na amostra global quanto nos participantes com diagnóstico de asma, com recurso ao Teste de Concordância Kappa. Resultados: Foram incluídos 316 participantes, com mediana de idade de 12 anos, sendo 51,9% do sexo masculino e 65,2% apresentavam diagnóstico de asma. Dependendo do ponto de corte utilizado, ATS/ERS versus SBPT, houve discordância em 38,3% dos resultados espirométricos. O ponto de corte fixo da SBPT categorizou menos resultados de DVO em relação ao LIN, definição da ATS/ERS, em ambas as faixas etárias, com baixa concordância, baixa sensibilidade e elevada especificidade. Aqueles com diagnóstico de asma (n=206), nos <12 anos (n=102), GINA foi capaz de identificar mais casos de DVO (59,8%) do que a ATS/ERS (45,1%) e que a SBPT (12,7%). Nos asmáticos ≥ 12 anos (n= 104), ATS/ERS foi capaz de identificar mais casos de DVO, com sensibilidade de 100% e especificidade de 44,3% em relação ao GINA. Conclusão: O ponto de corte escolhido para interpretação da espirometria de crianças e adolescentes pode levar à variabilidade dos resultados. Novos estudos semelhantes devem ser desenvolvidos para uma conclusão definitiva do assunto
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Document type
DissertaçãoSubject(s)
EspirometriaObstrução das vias respiratórias
Asma
Criança
Adolescente
Diretrizes
Asma
Espirometria
Obstrução das vias respiratórias
Adolescente
Criança
Diretriz
Spirometry
Airway obstruction
Asthma
Child
Adolescent
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