AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE METAIS E METALOTIONEÍNAS EM POLIQUETAS DE ÁREAS ALTAMENTE IMPACTADAS DA BAÍA DE GUANABARA: POTENCIAL USO PARA BIOMONITORAMENTO
Baía de Guanabara
Laeonereis culveri
Metalotioneínas
Biomonitoramento
Contaminação por metal
Contaminação ambiental
Sedimentos marinhos
Baía de Guanabara (RJ)
Produção intelectual
Bioavailabibity
Guanabara Bay
Metallothioneins
Villar, Leonardo Silveira | Posted on:
2010
Abstract
Ensaios de curta duração envolvendo exposição de diferentes espécies de
poliquetas têm sido empregados para avaliar a toxicidade de sedimentos marinhos.
Porém, ainda existe necessidade de se desenvolver ensaios para medir os efeitos
em níveis subletais predizendo o efeito de contaminantes em nível de população.
Este estudo avaliou o potencial uso de poliquetas como um organismo indicador de
contaminação ambiental por metais, utilizando a determinação de suas
concentrações e de biomarcadores em nível molecular (metalotioneínas) na
espécie Laeonereis culveri (Poliqueta: Nereididae). Organismos e sedimentos
foram coletados em duas áreas da Baía de Guanabara, RJ (Jardim Gramacho e
Mauá), com o objetivo de se investigar o uso desta espécie para biomonitoramento
da qualidade ambiental e a influência do fracionamento geoquímico e dos sulfetos
voláteis em ácido (AVS) sobre a biodisponibilidade de metais nos sedimentos.
Uma extração sequencial foi proposta empregando em uma primeira etapa a
extração a frio utilizando HCl 6 mol L-1, correspondendo aos metais
simultaneamente extraídos ao AVS (SEM), e o resíduo obtido foi submetido à
extração pelo método EPA 3051, em uma segunda etapa. A aplicação desta
metodologia permitiu estimar a fração fracamente ligada aos sedimentos,
assumida como potencialmente biodisponível. Amostras de sedimentos foram
analisadas para a determinação do teor de matéria orgânica, análise
granulométrica e concentração dos metais de interesse ambiental (Ag, Fe, Mn, Zn,
Cd, Cu, Pb e Ni). Paralelemente, as concentrações de metais no tecido dos
organismos foram determinadas, e os resultados foram apresentados com base
em três classes de tamanho adotadas (<3 cm, 3-5 cm e 5-8 cm de comprimento).
No manguezal de Gramacho, foram realizadas coletas na estação úmida
(fevereiro/2009) e também na estação seca (junho/2009). Na outra área, foram
realizadas duas amostragens consecutivas (agosto e setembro/2009). Os níveis
dos metais nos organismos se mostraram ligeiramente maiores (para todas as
classes de tamanho) em Mauá onde os sedimentos não apresentaram um excesso
de AVS em relação ao SEM. Apenas a Ag apresentou tendência bem definida de
aumento de concentração no organismo com o aumento da classe de tamanho,
somente em Gramacho. No presente estudo, os poliquetas tiveram os níveis de
metalotioneínas (MTs) medidos para as regiões de Gramacho e Mauá, com base
nas 3 classes de tamanho adotadas. A primeira região mencionada apresentou
maiores níveis de MTs. As MTs nos organismos de maior tamanho da área de
Gramacho apresentaram valor médio de concentração de 96,5 g g-1 , e se
mostraram superiores aos das outras classes, que foram similares com médias
iguais a 31,0 e 38,6 g g-1. Os poliquetas do manguezal de Mauá não
apresentaram grande variabilidade nos níveis de MTs entre as diferentes classes
de tamanho com valores médios entre 14,8 e 20,8 g g-1.
Alterações morfológicas nos organismos foram avaliadas para ambas as
áreas. Um total de 80% dos organismos amostrados em Gramacho e 36% dos
provenientes de Mauá apresentaram um tipo de alteração morfológica (lígula
bifurcada, tumoração e atrofia), refletindo efeitos deletérios dos ambientes poluídos
que habitam.
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BiodisponibilidadeBaía de Guanabara
Laeonereis culveri
Metalotioneínas
Biomonitoramento
Contaminação por metal
Contaminação ambiental
Sedimentos marinhos
Baía de Guanabara (RJ)
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