O SERVIÇO RESIDENCIAL TERAPÊUTICO EM QUESTÃO
Serviço residencial terapêutico
Cuidado em saúde mental
Inserção social
Saúde mental
Reforma psiquiátrica
Cuidado médico
Inclusão social
Terapêutica clínica
Psychiatric reform
Therapeutic residential service
Care in mental health
Social insertion
Brum, Lívia Di Renna Vianna | Posted on:
2012
Abstract
A atenção em Saúde Mental sofre transformações em âmbito mundial. Ocorre uma reorientação do modelo assistencial, que prioriza a substituição de uma atenção manicomial por outra de base comunitária. Nesse contexto, entre outros serviços substitutivos ao hospital, cria-se o Serviço Residencial Terapêutico (SRT). Torna-se difícil ao SRT existir em “estado puro”, já que esse dispositivo integra a sociedade, que é heterogênea, complexa e em contínuo movimento. Por esse motivo, o SRT pode ser perpassado por várias lógicas, o que favorece a existência de distintas práticas e diferentes efeitos. Assim sendo, mapeou-se o Estado da Arte dos SRTs. Como metodologia de pesquisa, utilizou-se a revisão integrativa. As discussões sobre os SRTs aglutinaram-se em torno de sete eixos temáticos. São eles: Contexto Nacional, Características Gerais, Gestão, Cuidado, Inserção Social, Identidade Profissional e Perspectiva do Morador. Baseando-se em minha experiência, buscou-se articular teoria e prática, trazendo novos questionamentos à discussão sobre o SRT. Visou-se, também, mapear o que pode estar se apresentando como novo, mas ser uma disfarçada reprodução. Através destas reflexões, almejou-se favorecer o refinamento das práticas, de forma a potencializar o dispositivo. Conforme apontou a literatura, os SRTs acumularam experiências sólidas e consistentes ao longo dos seus doze anos. Os efeitos positivos na construção da cidadania e na sensiblização cultural acerca de uma outra forma de relação com a loucura são incontestáveis. Em vista disso, o SRT é efetivamente um dispositivo estratégico, podendo ser tomado enquanto política pública do Sistema Único de Saúde (SUS), norteando as práticas de saúde mental. Entretanto, o SRT possui um limite. Ele não é fechado e nem estanque. Ao contrário, precisa buscar ampliar a autonomia do morador, a fim de que este possa dispensar o próprio SRT. O objetivo do SRT é, justamente, tornar-se prescindível.
Por um lado, uma gama de moradores, por motivos singulares, pode necessitar de cuidados permanentes do SRT. Por outro, faz-se importante sustentar essa direção de cuidado, uma vez que oferece uma referência ao trabalho. Tal diretriz, pela própria definição de ideal, muitas vezes não é alcançada, mas é norteadora. Mantém-se, portanto, a contradição casa/serviço que é constitutiva do SRT. A dissolução desse paradoxo poderia despotencializar o dispositivo e seus efeitos tanto para a sociedade quanto para os moradores e profissionais do SRT
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Document type
DissertaçãoSource
BRUM, Lívia Di Renna Vianna. O serviço residencial terapêutico em questão. 2012. 182 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2012.Subject(s)
Reforma psiquiátricaServiço residencial terapêutico
Cuidado em saúde mental
Inserção social
Saúde mental
Reforma psiquiátrica
Cuidado médico
Inclusão social
Terapêutica clínica
Psychiatric reform
Therapeutic residential service
Care in mental health
Social insertion
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