INCIDÊNCIA E GRAVIDADE DA RETINOPATIA DA PREMATURIDADE E SUA ASSOCIAÇÃO COM MORBIDADE E TRATAMENTOS INSTITUÍDOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTONIO PEDRO, ENTRE 2003 A 2005
Epidemiologia
Etiologia
Idade gestacional
Transfusão de sangue
Recém-nascido
Retinopatia da prematuridade
Epidemiologia
Etiologia
Transfusão de sangue
Gravidez
Recém-nascido
Resumo
Objetivos: Avaliar a incidência e a gravidade da retinopatia da prematuridade em recém-nascidos pré-termo (RNPT) e sua associação com a morbidade e tratamentos instituídos, no Hospital Universitário Antonio Pedro, entre os anos de 2003 e 2005. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, de 73
retinopatia da prematuridade em recém-nascidos pré-termo, com idade gestatória (IG) igual ou menor que 32 semanas e/ou peso de nascimento (PN) igual ou menor que 1.500 g, cujo exame oftalmoscópico foi realizado entre a 4ª e a 6ª semana de vida ou entre 32 e 36 semanas de idade gestatória corrigida. Foram registrados os seguintes dados: realização de pré-natal, tipo de parto, intercorrências na gestação e durante o parto, sexo, peso de nascimento, idade gestatória, classificação peso-idade gestacional, FiO2 máxima, tempo de uso de oxigênio, presença de persistência do canal arterial, hemorragia intracraniana, sepse, enterocolite necrosante, transfusão
sanguínea no recém-nascido e uso de surfactante. O escore de gravidade utilizado foi o CRIB. Resultados: Entre os casos de retinopatia da prematuridade em recém-nascidos pré-termo estudados, 34 não apresentaram retinopatia da prematuridade (46,6%). Dos 53,4% que apresentaram retinopatia da prematuridade, 13 tinham retinopatia da prematuridade 1 (17,8%), 20 tinham retinopatia da prematuridade 2 (27,4%) e 6 tinham retinopatia da prematuridade 3 (8,2%). O sexo masculino correspondeu a 45,2% da amostra. Oitenta e três por cento das mães realizaram pré-natal, 64%
apresentaram alguma intercorrência na gestação e 38% durante o parto. O tipo de parto mais frequente foi o cesáreo (69%). Todas as retinopatias da prematuridade em recém-nascidos pré-termo pertenciam à mesma classe de CRIB. Cerca de metade da amostra era de RN pequeno para a idade
gestacional (49,3%). A menor IG (p<0,001) e o menor PN (p<0,001) associaram-se à ocorrência e gravidade da retinopatia da prematuridade. Graus mais avançados de retinopatia da prematuridade associaram-se a valores médios de FiO2 mais elevados. O maior tempo médio de oxigenoterapia
associou-se a maior ocorrência e gravidade da retinopatia da prematuridade (p<0,05). O Apgar de 5º minuto não estava associado à ocorrência de retinopatia da prematuridade (p=0,743). Entre as variáveis representativas de tratamentos e morbidade, apenas a transfusão sanguínea foi incluída no
modelo estudado de análise multivariada através da regressão logística hierárquica. Conclusão: Embora as características das retinopatias da prematuridade em recém-nascidos pré-termo explicassem, em parte, suas influências na gênese da doença, as transfusões sanguíneas associaram-se à elevada chance de ocorrência de retinopatia da prematuridade
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Tipo de documento
Artigo de periódicosPublicador
Conselho Brasileiro de Ofatalmologia
Fonte
SCHUMANN, Raphael de Faria; BARBOSA, Adauto Dutra Moraes and VALETE, Cristina Ortiz. Incidência e gravidade da retinopatia da prematuridade e sua associação com morbidade e tratamentos instituídos no Hospital Universitário Antonio Pedro, entre 2003 a 2005. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, v. 73, n.1, p.47-51, 2010.Assunto(s)
Retinopatia da prematuridadeEpidemiologia
Etiologia
Idade gestacional
Transfusão de sangue
Recém-nascido
Retinopatia da prematuridade
Epidemiologia
Etiologia
Transfusão de sangue
Gravidez
Recém-nascido
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