Ensino de Sociologia em debate: abordagem da temática direitos humanos e da apropriação de sugestões fílmicas nos livros didáticos

Abstract

No que diz respeito ao ensino dos Direitos Humanos, estamos persuadidos de que não há, de um lado, “experts” e, de outro, ignorantes. Todos nós somos especialistas do humano, ou indigentes, e a tarefa de humanizar deve brotar de nossas iniciativas educativas. Neste campo, podemos afirmar com segurança: ninguém educa ninguém. Aqui, os seres humanos educam-se em comunhão! Ninguém tem o monopólio dos elementos humanizantes. Todos nós temos algo a dar e algo a receber. Um dos maiores obstáculos para a difusão e educação dos Direitos humanos é o abismo existente entre o discurso, as palavras e os fatos, as atitudes. Se um educador, se um sistema escolar, pretende educar para os Direitos Humanos, devem sempre começar por praticá-los. Não há educação para os Direitos Humanos, não há projeto educativo válido neste campo sem profundo compromisso social por torná-los realidade. E isto começa ao se descobrir que o próprio educando, sobretudo ele, possui Direitos inalienáveis e não manipuláveis. A discussão que abarca este trabalho objetiva analisar o conteúdo proposto na temática “Direitos Humanos” apresentada em dois livros didáticos de Sociologia, aprovados no PNLD 2015, sendo eles: “Sociologia para o Ensino Médio” e “Sociologia em Movimento”, e a abordagem das sugestões fílmicas indicadas nesses livros, sob este recorte temático. Para tanto, apresentam-se como conceitos norteadores do trabalho, “livro didático” e “direitos humanos”, objetivando delinear o estudo proposto como um instrumento de diálogo e de ferramenta didática no processo de ensino e aprendizagem sociológica. Os resultados parciais revelam a necessidade de se atentar para o aproveitamento das recomendações fílmicas como uma ferramenta didática voltada à desnaturalização e ao estranhamento para se pensar sociologicamente e contribuir à produção de saberes