Sensação de (in)segurança: efeitos na jornada de trabalho de pesquisadores do IBGE no município de São Gonçalo

Abstract

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realiza atividades de pesquisa por todo o Brasil. Coleta dados de diversos tipos com o intuito de publicizar informações e fazer com que as pessoas conheçam melhor seu país. Saúde, geração de empregos, acesso à educação, dentre outros, são os diversos aspectos definidos pelo IBGE como objeto de pesquisa para geração de estatísticas que orientam políticas públicas por todo o país. Esse trabalho é desempenhado por seus agentes de pesquisa e mapeamento, que são regidos por contratos temporários, e coordenado por técnicos regidos pela lei 8112/90, que garante a eles estabilidade empregatícia. Esta pesquisa se debruça sobre os agentes de pesquisa e mapeamento, servidores que atuam diretamente na interação com o cidadão. No caso da pesquisa feita pelo IBGE, em que os pesquisadores visitam o domicílio daqueles que serão entrevistados, a interação com o morador e com o o local em que se encontra torna-se ponto chave para o sucesso da coleta de dados desempenhada pela instituição. E um fator que influencia diretamente nas decisões e ações de um pesquisador é à sensação de segurança nesses territórios, sendo este o ponto principal a ser estudado nesta monografia. Incógnitas como o local onde a pesquisa é realizada, a classe social dos entrevistados, a presença ou não de tráfico, milícia ou de agentes de segurança pública no local são alguns dos pontos que interferem diretamente na sensação de segurança tanto dos entrevistadores quanto dos entrevistados. Argumenta-se nesta monografia que tal contexto pode influenciar diretamente na qualidade dos dados coletados, e para embasar tal argumento, esta pesquisa de monografia apresentará resultados da pesquisa de campo sobre os pesquisadores que realizam a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (PNAD-C) no município de São Gonçalo.