FATORES GENÉTICOS DO HOSPEDEIRO ASSOCIADOS AOS ASPECTOS IMUNOLÓGICOS E CLÍNICOS DA MALÁRIA POR PLASMODIUM VIVAX EM UMA ÁREA ENDÊMICA DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
Plasmodium vivax
Resposta imune inata
sTREM-1
TREM-1
Malária
Plasmodium vivax
Imunidade inata
Receptor gatilho 1 expresso em células mieloides
Malaria
Plasmodium vivax
Innate immune response
sTREM-1
TREM-1
Abstract
A malária segue sendo a doença parasitária de maior importância mundial devido à alta morbimortalidade da doença e por sua ampla distribuição nas regiões tropicais do mundo. No Brasil, essa parasitose é causada principalmente por Plasmodium vivax e mais de 99% dos casos ocorrem na região da Amazônia Legal. Durante a interação entre hospedeiro e o parasito, diversos componentes podem influenciar no curso da infecção, como a presença de coinfecções e a resposta imunológica desenvolvida, podendo favorecer ou prejudicar a evolução clínica da doença. Diante disso, este trabalho tem por objetivo associar componentes genéticos humanos aos aspectos imunológicos e clínicos da malária por Plasmodium vivax em áreas endêmicas brasileiras. Foram incluídos 76 indivíduos infectados por P. vivax e 146 controles saudáveis residentes do município de Oiapoque, Amapá. Os níveis séricos de IL-6 e de sTREM-1 foram mensurados por ELISA e dados prévios das citocinas TNF-α, IL-10, IL-2, IL-4, IL-5 e IFN-γ também foram obtidos. Foram genotipados os SNPs rs2234237, rs6910730, rs2234246 e
rs4711668 e do gene trem-1 pela técnica de qPCR. O nível de significância entre as citocinas foi obtido pelo teste não-paramétrico U de Mann-Whitney. A análise dos polimorfismos, as frequências alélicas e genotípicas e o cálculo de HWE foram feitos pelo teste do qui-quadrado, utilizando o software R versão 4.3.1 e significância de 5%. Indivíduos infectados apresentaram níveis maiores de sTREM-1 e IL-6 do que controles (P < 0.05), sendo que a IL-6 foi 6,9x maior. Outrossim, coinfectados por P. vivax e parasitos entéricos tinham níveis mais altos de IL-10 do que citocinas inflamatórias, quando comparados com o grupo malaria. Foi observada uma associação positiva entre a anemia e os níveis de IL-6, TNF- α e IL-10. Todas as amostras foram genotipadas com sucesso para os SNPs. Não foram encontradas associações significativas entre os polimorfismos estudados e os níveis de hemoglobina, parasitemia e de gametócitos. Em contrapartida, nas análises de associação com as citocinas, os SNPs do trem-1 tiveram associados com o aumento principalmente de IL-6, IL-10, INF-ɣ e TNF-α em genótipos do grupo malárico. Além disso, para o trem-1 rs6910730, foi encontrado diferença nos níveis de IL-5 entre os genótipos do grupo controle, com aumento no genótipo GG quando comparados com os demais e no SNP trem-1 rs4711668 houve um aumento significativo de IL-4 nos controles TT. Não houve indivíduos com deficiência de G6PD em homozigose para os SNPs analisados e nenhum indivíduo tinha anemia falciforme, mas três tinham o genótipo recessivo para a beta talassemia. Embora não tenham sido encontradas associações entre os SNPs identificados e a malária vivax, o estudo descreve a frequência genética desses SNPs nesta população. Os resultados aqui descritos ressaltam a importância de estudos com marcadores inflamatórios e polimorfismos nos genes da resposta imune inata para elucidar o perfil imunogenético e de suscetibilidade da malária na Amazônia brasileira
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TeseSubject(s)
MaláriaPlasmodium vivax
Resposta imune inata
sTREM-1
TREM-1
Malária
Plasmodium vivax
Imunidade inata
Receptor gatilho 1 expresso em células mieloides
Malaria
Plasmodium vivax
Innate immune response
sTREM-1
TREM-1