ESTUDO DA ESTABILIDADE OXIDATIVA E DA CINÉTICA DE OXIDAÇÃO LIPÍDICA DO ÓLEO DE CAFÉ VERDE POR DIFERENTES VIAS
Diterpenos
Tocoferol
Modelo cinético de Arrhenius
Óleo comestível
Oxidação
Composição de alimentos
Cinética química
Produção intelectual
Green coffee
Diterpenes
Oxidative stability
Arrhenius model
Resumo
A estabilidade oxidativa e a cinética das transformações químicas que ocorrem no óleo de café verde durante a oxidação lipídica, principalmente acelerada por diferentes temperaturas, ainda não foram investigadas. O objetivo deste trabalho foi investigar o efeito da temperatura para a composição em ácidos graxos, tocóis e diterpenos e para o acúmulo dos produtos de oxidação em diferentes vias de oxidação lipídica. Para isso, oxidou-se o óleo de café verde prensado a frio (comercial) em condições de autoxidação (40, 50, 65 e 85 °C) por 1, 4, 6 e 8 dias; e de termoxidação (100, 130, 150 e 180 °C) por 3, 6 e 12 horas, ao final aplicou-se o modelo cinético de Arrhenius para avaliar o efeito da temperatura para a constantea de velocidade (k) e a energia de ativação (Ea) das transformação das variáveis. Os índices de peróxido (exceto a 65 °C) e de p-anisidina (exceto a 40 °C) aumentaram em relação ao tempo em todas as temperaturas de autoxidação (R2> 0,85; p<0,05). Já o teor de α-tocoferol diminuiu (R2>0,82; p<0,05), não sendo mais detectado entre 6-8 dias à 65 e 85 °C. O teor de caveol reduziu proporcionalmente apenas em 65 e 85 °C (R2>0,90; p<0,05), porém o caveol foi mais instável do que o cafestol entre 40 e 85 °C. Nas vias de termoxidação, apenas o índice de p-anisidina aumentou linearmente (R2>0,79; p<0,001) durante o tempo de oxidação, sendo uma bom indicador do grau de degradação dos óleos, especialmente entre 100-150 °C. Por fim, a variação de temperatura influenciou para a constante de velocidade de reação (k) do aumento do índice de p-anisidina (R2 >0,88; p=0,06) e de degradação do α-tocoferol (R2 >0,99; p ≤0,01) em temperaturas <85 °C, e para a degradação do caveol (R2>0,98; p=0,06) em temperaturas >100 °C. A Ea para o índice de p-anisidina, α-tocoferol e caveol foi de 36,1, 36,4 e 56,2 kJ/mol, respectivamente. Portanto, a qualidade global do óleo de café verde prensado a frio (comercial) diminui com o tempo quando exposto a diferentes temperaturas, sendo que a degradação do α-tocoferol e do caveol pode ser monitorada para avaliar o efeito da temperatura durante o processamento e/ou armazenamento destes óleos.
[Texto sem Formatação]
[Texto sem Formatação]
Tipo de documento
DissertaçãoFonte
MORGADO, Jéssika Rosa. Estudo da estabilidade oxidativa e da cinética de oxidação lipídica do óleo de café verde por diferentes vias. 2020. 92 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas a Produtos para a Saúde) – Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas a Produtos para a Saúde, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2020.Assunto(s)
Café verdeDiterpenos
Tocoferol
Modelo cinético de Arrhenius
Óleo comestível
Oxidação
Composição de alimentos
Cinética química
Produção intelectual
Green coffee
Diterpenes
Oxidative stability
Arrhenius model