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EFEITO DO RESVERATROL NA NEUROQUÍMICA DA RETINA: ANÁLISE EM CONDIÇÕES NORMAIS E ISQUÊMICAS
Resumo
A retina é uma estrutura pertencente ao sistema nervoso central. Ela possui a maior parte dos sistemas de neurotransmissores e neuromoduladores conhecidos no sistema nervoso central. Um dos sistemas presentes na retina é o sistema adenosinérgico. Quando liberada, adenosina atua através de quatro receptores metabotrópicos classificados em A1, A2A, A2B e A3, desencadeando a ativação de vias de sinalização, tais como a via da ERK, AKT e CREB. Essas vias estão envolvidas em diversos eventos e processos celulares como a proliferação, apoptose, sobrevivência, diferenciação e regulação de fases do ciclo celular. Muitos estudos já mostraram que a desregulação dessas vias pode ocasionar diversas desordens e patologias, como tumores, doenças inflamatórias e neurodegeneração. Afim de tratar essas patologias, um crescente esforço tem sido feito na comunidade científica em busca de tratamentos e fármacos que possam previnir e/ou tratar essas doenças. Nessa busca, destaca-se ainda, a demanda por medicamentos com origem natural. Um dos fármacos que tem sido muito estudado nos últimos anos é o resveratrol (RESV). Este polifenol possui uma ampla variedade de efeitos, atuando como antioxidante, anticarcinogênico, anti-inflamatório, cardioprotetor e neuroprotetor. Além disso, estudos mostram que o RESV é capaz de modular componentes do sistema de adenosina, além de regular a atividade de proteínas das vias de sobrevida. Neste estudo foi mostrado que o pré-tratamento realizado em embriões de galinha no 14º dia do estágio embrionário com RESV na concentração de 10mg/kg regulou a atividade das proteínas ERK, AKT e CREB fosforiladas (respectivamente p-ERK, p-AKT e p-CREB) e na concentração de 20mg/kg regulou a atividade da CREB fosforilada. Resultados preliminares realizados neste estudo também mostraram uma tendência de diminuição na expressão do receptor A2A de adenosina no tratamento com 10mg/kg de RESV. Além disso, dados iniciais com ensaio de privação de oxigênio e glicose (OGD), que simula um evento isquêmico, demonstraram que a OGD reverte os efeitos induzidos pelo RESV nas proteínas fosforiladas. Esses dados sugerem um possível efeito neuroprotetor do RESV através da regulação das vias de sobrevivência. Essa ação poderia estar ligada a modulação do sistema de adenosina
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